Em palestra na última sexta-feira (4) em Medellín, na Colômbia, o gerente de políticas públicas e eleições globais do WhatsApp, Ben Supple, confirmou que empresas violaram as regras do serviço ao enviarem mensagens em massa a grupos durante as eleições 2018. Ao G1, nesta terça-feira (8), o WhatsApp confirmou que baniu centenas de contas e bloqueou números das agências de publicidade Quickmobile, Yacows, Croc services e SMS Market, citadas pela Folha como contratadas por apoiadores de Jair Bolsonaro para a divulgação de mensagens contra o PT. Entre os contratantes, estariam empresários e cada contrato chegaria a R$ 12 milhões.
Além de comunicações em massa e automáticas, o WhatsApp também prevê banimento em caso de divulgações de fake news. “Também notificamos empresas que diziam oferecer serviços de envio em massa de mensagens, uma violação dos nossos termos de serviço”, informa a nota do aplicativo enviada ao G1 sobre o período eleitoral. Caso confirmados os envios em massa, os disparos podem ser considerados ilegais se considerados pela Justiça Eleitoral uma forma de doação de empresas – prática proibida desde 2015.