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O governador afastado do Rio, Wilson Witzel (PSC), depôs nesta quarta-feira (7), pela primeira vez ao Tribunal Misto do impeachment, após o processo ficar paralisado por meses. No depoimento, o ex-juiz chorou, alegou inocência e disse que "não deixou a magistratura para ser ladrão". "Deixa o povo me julgar. Em 2022 vamos ter eleição. Não estou vendo nas ruas um movimento 'fora Witzel'. Muito pelo contrário: não tenho vergonha de ir à feira, ao shopping", disse o ex-juiz.
Atuando na própria defesa, o governador afastado interrogou Santos antes de depor. Na condição de testemunha, Santos disse que alertou ao Witzel sobre o risco que correria ao assinar a requalificação da organização social Unir Saúde - o principal ponto do processo de impeachment. "O senhor me pediu para requalificar a Unir, e eu disse ao senhor que seria equivocado, que seria batom na sua cueca", disse. Segundo o médico, Witzel lhe avisou que a requalificaria "de canetada".
Além do processo de impeachment, Witzel ainda enfrenta duas denúncias criminais do Ministério Público Federal no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Atualmente, ele está afastado do cargo temporariamente até o fim deste ano por decisão daquela Corte, que já o transformou em réu por corrupção passiva e lavagem de dinheiro e organização criminosa no âmbito criminal.