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O ministro Márcio França, dos Portos e Aeroportos, diz que a indicação do advogado Cristiano Zanin ao cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) seria uma “obviedade das obviedades”. A afirmação foi dada em entrevista ao jornal O Globo publicada nesta segunda (27) ao ser questionado sobre as articulações que o governo vem fazendo junto ao Congresso para conseguir aprovar medidas de interesse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“O Zanin seria a obviedade das obviedades. Uma pessoa que foi leal, fiel e competente. Até os concorrentes do Zanin concordam. Ele foi quem mais se credenciou”, disse França. Cristiano Zanin é advogado do presidente.
França afirmou, ainda, que o governo tem base na Câmara dos Deputados para fazer passar projetos de interesse, mas em um formato diferente do que era antigamente. Para ele, o presidente da casa, Arthur Lira (PP-AL), é “cumpridor de palavra, vai nos ajudar bastante”.
O ministro diz que também não vê “muita resistência no Senado” e que é difícil “imagina-lo sem vencer um episódio no Congresso”. O governo entrou em campo na última semana para resolver a crise envolvendo Lira e Rodrigo Pacheco (PSD-MG) pelo formato de tramitação de medidas provisórias no Poder Legislativo.
A crise, que já se arrasta há semanas, tomou uma proporção maior na última quinta (23), quando Lira disparou que o Senado age com “truculência” ao retomar unilateralmente o formato de análise dos projetos através de comissões mistas. Desde o começo da pandemia da Covid-19, a Câmara tem o protagonismo de abrir as discussões e indicar o relator.