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Cúpula dos Brics

Regras para entrada de países no Brics serão definidas após escolhas dos nomes, diz Amorim

Celso Amorim
Assessor de Lula para assuntos internacionais, Celso Amorim diz que primeiro serão escolhidos os países para depois definir os critérios. (Foto: André Borges/EFE)

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O ex-embaixador Celso Amorim, assessor do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para assuntos internacionais, disse nesta quarta (23) que a entrada de mais países aos Brics – grupo que reúne o Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – terá as regras definidas apenas depois que forem escolhidos.

A declaração foi dada a jornalistas que acompanham a Cúpula dos Brics, realizada até quinta (24) em Joanesburgo, na África do Sul, e que teve a entrada de novos membros confirmada pelo presidente Lula durante a primeira plenária do dia, mais cedo. A definição, no entanto, deve ser acertada na sessão do último dia do evento.

Segundo Amorim, esse “negócio de critérios, sabe, escolhe os países, depois define os critérios”, disse em registro do Poder 360. A declaração é contrária ao dito anteriormente pelo presidente, de que era necessário definir critérios e regras para a expansão do bloco – o temor é de que haja uma politização do bloco contra o G7, o grupo das sete nações mais ricas do mundo.

“Não vou dizer que isso é um critério absoluto, mas é natural que você procure algum equilíbrio geográfico, países que representem uma certa diversidade, mas o Brasil não tem problema com nenhum dos nomes que estão colocados”, completou.

Interlocutores do Itamaraty disseram a jornalistas brasileiros em Joanesburgo que está pré-decidido que pelo menos quatro países serão convidados: Arábia Saudita, Argentina, Egito e Emirados Árabes Unidos. Há, ainda, a possibilidade de que o Irã seja aceito no bloco, mas ainda não há um consenso entre os atuais membros.

“Para que a gente possa amanhã não descobrir que a gente colocou alguém que era contra os Brics. É preciso definir normas para que não seja um clube fechado [como o] G7, que é um clube fechado. Mesmo quando o Brasil chegou à sexta economia do mundo, era convidado como ‘convidado’, e não como participante”, disse Lula na live de terça (22) sobre a entrada de mais países no bloco dos Brics.

São pelo menos 22 nações interessadas, segundo adiantou o Itamaraty no começo desta semana em Joanesburgo.

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