O primeiro caça brasileiro Gripen E voou pela primeira vez na Suécia, nesta segunda (26). A aeronave foi construída por engenheiros da empresa sueca Saab e da brasileira, Embraer.| Foto: Saab/Força Aérea Brasileira/Reprodução Facebook

O caça Gripen E Brasileiro realizou o primeiro voo bem sucedido. O trajeto inaugural foi feito, nesta segunda-feira (26), na cidade de Linköping, na Suécia, onde fica o aeródromo da Saab, empresa responsável por desenvolver o caça para a Força Aérea Brasileira (FAB), juntamente com a Embraer.

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Durante 65 minutos, o piloto de testes da empresa, Richard Ljungberg, conduziu o caça. Foram realizados testes de manobras e qualidade de voo para analisar o comportamento da aeronave em diferentes altitudes e situações.

O piloto que comandou o teste declarou que a aeronave se comportou exatamente como nos ensaios em simuladores, de acordo com a assessoria da Saab. A Força Aérea Brasileira deverá chamar o caça de F-39, com matrícula FAB 41000.

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O modelo é desenvolvidos por engenheiros da Saab e da empresa brasileira Embraer. O Gripen foi escolhido, em dezembro 2013, durante o governo Dilma Rousseff, para substituir o modelo francês Mirage 2000 como caça da FAB. A aeronave sueca desbancou aviões americanas e francesas durante o processo de licitação. O contrato foi fechado no valor de 39,3 bilhões de coroas suecas (R$ 16,3 bilhões).

Confira a decolagem do primeiro voo do caça brasileiro:

Polêmica com Lula 

A polêmica escolha do caça sueco da Saab rendeu um processo penal contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que corre na Justiça Federal de Brasília.

Em 2013, o governo Dilma Rousseff (PT) fechou a compra de 36 unidades do Gripen para reequipar a Força Aérea Brasileira. O jato da Saab venceu na concorrência internacional os caças Rafale (França) e F-18 (EUA). Mas a compra virou alvo de investigação da Polícia Federal e do Ministério Público Federal na Operação Zelotes.

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Lula é acusado de tráfico de influência para que o governo escolhesse os caças Gripen. O ex-presidente também é acusado, nesse caso, de ter intermediado o pagamento de R$ 2,5 milhões de propina para um de seus filhos, Luis Cláudio Lula da Silva.

Em setembro de 2018, o ex-ministro petista Antonio Palocci afirmou, em depoimento à força-tarefa da Operação Greenfield, que Lula agiu "diretamente" em pedido de propina relacionado à compra dos caças suecos. O ex-presidente é réu pelos crimes de tráfico de influência, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]