O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), defendeu uma “anistia” ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e a militares acusados de uma suposta tentativa de golpe de Estado. Segundo o governador, a medida é necessária para “acalmar o país”. Bolsonaro e aliados são alvos da Operação Tempus Veritatis, deflagrada no início deste mês pela Polícia Federal.
“Devemos ouvir a lição de Juscelino Kubitschek, esse sim alvo de uma tentativa de golpe real. E JK anistiou depois todos os envolvidos. Acho que, agora, deveríamos também buscar uma anistia. Precisamos acalmar o país e lutar por um clima político de convivência pacífica”, disse o governador em entrevista ao jornal Valor Econômico nesta quinta-feira (22).
Caiado fez referência a tentativa de golpe enfrentada Juscelino Kubitschek e seu vice, João Goulart, logo após a eleição em 1955. Na época, o então presidente interino, Carlos Luz, com apoio de alguns militares, pretendiam impedir a posse da chapa eleita. A tentativa de golpe foi desmobilizada com a articulação do general Henrique Lott. Após o episódio, Kubitschek perdoou os golpistas.
“Não se pode imputar a ele [Bolsonaro] todos aqueles crimes, porque eles não foram colocados em prática… Se houve intenções [de golpe], que a Justiça analise. Pré-julgamento é muito ruim”, afirmou Caiado ao Valor. No passado, Caiado afirmou que aceitaria disputar a presidência da República em 2026. Na ocasião, ele disse que buscaria o apoio de Bolsonaro caso esse “sonho” se concretizasse. O ex-mandatário foi declarado inelegível por oito anos pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O governador de Goiás confirmou presença no ato em apoio a Bolsonaro marcado para o próximo dia 25, na Avenida Paulista. Outros dois governadores também devem comparecer: Tarcísio de Freitas (São Paulo) e Jorginho Melo (Santa Catarina).
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