O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União) deseja concorrrer à presidência em 2026. Caiado afirmou que quer “fazer por merecer” possível apoio de Bolsonaro à sua candidatura.| Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
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O governador do estado de Goiás, Ronaldo Caiado (União), afirmou em entrevista ao jornal O Globo, publicada neste sábado (27), que não acredita que “o União Brasil vá caminhar com o [presidente Luiz Inácio] Lula [da Silva] nas eleições de 2026”. Três ministros do Executivo pertencem ao partido: Celso Sabino no Turismo, Juscelino Filho nas Comunicações e Waldez Góes na pasta de Integração e Desenvolvimento Regional.

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Caiado também disse que deseja conquistar o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em sua possível candidatura à presidência em 2026. "Eu preciso é fazer por onde merecer este apoio. Mas ele conhece os meus valores apresentados desde a campanha de 1989, quando eu já defendia a propriedade privada e os valores conservadores", reiterou.

Questionado se concorda que Bolsonaro tem sofrido perseguições políticas por causa dos atos do 8 de janeiro, o governador diz que não vai discutir as decisões do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), mas que “se as operações realmente não tiverem o mínimo de resultado prático, vai ficar difícil dele [Moraes] explicar isto”.

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Caiado se diz contra uso de câmeras por policiais

“Eu colocaria câmeras em bandidos, isso sim. Queria monitorar quem sai de presídios usando tornozeleiras. O Estado tem um gasto exorbitante para controlar o crime”, respondeu Caiado sobre o uso de câmeras por policiais.

Ele ainda completa que não vê motivos para monitorar um policial, pois o equipamento não protege o policial e acrescenta que “isso é uma tese de quem não quer realmente fazer a segurança pública no Brasil”.

Ainda sobre segurança pública, Caiado criticou a ideia de Flávio Dino que trata da criação de um Conselho Nacional de Polícia. Segundo ele, “segurança pública não é feita de ouvir teóricos que nunca foram à frente”. “É necessário, sim, entender os motivos da falta de segurança em cada região ou estado. Mas não há uma forma única para tratar o problema da segurança do Rio Grande do Sul ao Rio Grande do Norte”, complementou.