O presidente do PP e senador Ciro Nogueira (PI) afirmou que o projeto pessoal do cantor sertanejo Gusttavo Lima de se lançar candidato à Presidência da República em 2026 depende do apoio de Jair Bolsonaro (PL). Ex-ministro da Casa Civil de Bolsonaro, o parlamentar disse ter conversado com o artista para aconselhá-lo a buscar o suporte do ex-presidente, caso mantenha a intenção de concorrer.
Gusttavo Lima, que apoiou Bolsonaro nas eleições de 2022, surpreendeu o meio político — em especial a direita — na última quinta-feira (2), quando o site Metrópoles revelou o desejo dele de disputar o Palácio do Planalto. “Falei que, se ele quer mesmo concorrer, deveria ter o apoio do Bolsonaro”, contou Nogueira ao jornal O Globo.
Segundo o senador, o cantor, que está nos Estados Unidos, lhe telefonou no dia 1º de janeiro para anunciar a pretensão política. Nogueira lembrou ainda que Lima já havia demonstrado interesse em disputar o Senado por Goiás nas próximas eleições e foi convidado a se filiar ao PP. No entanto, ressaltou que é preciso cautela quanto à possibilidade de a legenda apoiar uma eventual candidatura presidencial do cantor.
“Já havia convidado o Gusttavo para se candidatar ao Senado pelo PP. Agora, com essa intenção de disputar o Palácio do Planalto, é algo novo e surpreendente. Precisamos avaliar a viabilidade e discutir isso internamente no partido”, explicou.
O senador negou qualquer relação entre a declaração de Gusttavo Lima e um suposto movimento do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), que se posiciona desde o ano passado como pré-candidato ao Planalto. “Acho que o Caiado não teve influência. Tenho 99% de certeza de que não se trata de articulação dele”, disse Nogueira. Ele lembrou que, para o governador, “no primeiro turno há espaço para todos”.
No campo adversário, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deixa claro que não cogita outro nome à esquerda além do atual presidente. O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), afirmou que o partido não vê alternativa a Lula, embora considere o conterrâneo e ministro da Educação, Camilo Santana (PT), como opção após a eventual reeleição do petista.
“Para 2026 não há plano B. É o Lula. Depois, aí sim, o nome do Camilo está posto”, declarou, na sexta-feira (3), à Rádio Opinião CE.
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