Irmã Dulce se tornou a primeira santa nascida no Brasil. Após ter dois milagres reconhecidos pelo Vaticano, ela foi santificada, se tornando a Santa Dulce dos Pobres. Mas afinal, quem é o anjo bom da Bahia que virou a primeira santa brasileira? Nascida em Salvador em 26 de maio de 1914 com o nome de Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes, ela desde muito cedo se envolveu com a religião e o cuidado dos mais necessitados. Com apenas 13 anos, já acolhia doentes e mendigos em sua casa. Adotou o nome de Irmã Dulce aos 19 anos em homenagem à sua mãe. Foi nessa época que ela entrou para a vida religiosa e passou a fazer parte das irmãs missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus. A partir daí, começou com vários trabalhos voltados à comunidade carente.

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A partir daí, começou com vários trabalhos voltados à comunidade carente. Criou a associação obras sociais Irmã Dulce, com albergue e um centro educacional para abrigar meninos sem referência familiar. Esse centro funciona até hoje e atende 750 crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social. Ela também foi a responsável pela criação do Hospital Santo Antônio, um dos maiores da Bahia. O hospital surgiu quando a Irmã Dulce improvisou um abrigo para atender pacientes no galinheiro do convento. Hoje, o hospital realiza mais de 3 milhões de atendimentos pelo SUS por ano.

Toda essa dedicação fez com que ela chamasse a atenção do Papa João Paulo II, que a incentivou a dar continuidade aos seus trabalhos. Em sua segunda visita ao Brasil, o papa quebrou os protocolos apenas para visitar a Irmã Dulce, que já estava doente. Em 1988, ela chegou a ser indicada ao prêmio Nobel da Paz.

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Os milagres de Irmã Dulce

Irmã Dulce faleceu em 13 de março de 1992, pouco tempo antes de completar 78 anos. No entanto, os milagres atribuídos a ela só vieram algum tempo depois.

O primeiro deles aconteceu em 2001, nove anos após sua morte. Cláudia Cristiane dos Santos relatou ter tido uma hemorragia depois do parto e foi curada após um padre rogar à freira baiana. O segundo milagre reconhecido pelo Vaticano foi a cura instantânea de um cego. O maestro Maurício Moreira havia perdido há visão há 14 anos e voltou a enxergar de forma permanente após ele ter clamado por uma solução para Irmã Dulce. No dia seguinte, ele teria voltado a enxergar. Antes de ser encaminhado para Roma, o caso foi analisado por oftalmologistas de Salvador e São Paulo, que examinaram pessoalmente o paciente e não encontraram explicação científica para a cura. Uma comissão médica em Roma também não soube explicar o que aconteceu.

O dia de santa dulce dos pobres é comemorado no dia 13 de agosto.

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