Após anunciar a saída do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Capelli informou nesta quarta-feira (31) que aceitou o convite do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, para presidir a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI).
"Recebi e aceitei o convite do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin para presidir a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial - ABDI. Este é um desafio central do governo do presidente Lula. É a prosperidade que faz as pessoas confiarem na democracia", escreveu Cappelli na rede X.
O anúncio pela escolha de Cappelli para o cargo na ABDI também foi confirmado por Alckmin, após reunião entre os dois, nesta quarta. "Com alegria, anuncio o novo presidente da ABDI, Ricardo Cappelli, que fez um excelente trabalho no Ministério da Justiça e agora vem para o nosso time agregar sua experiência e compromisso público à missão da neoindustrialização do presidente @LulaOficial. Seja bem-vindo ao time!", escreveu.
A agência está ligada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviço, comandado por Alckmin. É responsável por avaliar, propor e debater inovações, principalmente tecnológicas para a indústria brasileira. A frente da ABDI, Cappelli deve receber um salário de R$ 40 mil. Ele ocupará o lugar de Igor Calvet, que deixou o cargo em setembro do ano passado.
A chegada de Cappelli ao comando da ABDI ocorre, no mesmo instante, em que o governo Lula propôs a "reindustrialização" do país para os próximos dez anos, prevendo investimentos iniciais de R$ 300 bilhões para financiamentos destinados à nova política industrial até 2026.
Capelli era considerado o braço direito - “número 2” - do ministro Flávio Dino, que deixará o cargo a partir de fevereiro, para assumir uma cadeira no Supremo Tribunal Federal (STF). Ele teve atuação em importantes episódios do atual governo, como a intervenção na segurança pública do Distrito Federal durante os atos de 8 de janeiro de 2023. No final do ano passado, o então secretário chegou a ser cotado para assumir o posto de ministro, após assumir interinamente o cargo de Dino. Porém, a permanência dele no cargo e como secretário-executivo foi refutada por petistas.
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