• Carregando...
Ricardo Cappelli
Nomeado interinamente para o GSI, Ricardo Cappelli diz que ainda está tomando conhecimento da estrutura do ministério.| Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Nomeado interinamente para o cargo de ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) após a demissão do general Marco Edson Gonçalves Dias, Ricardo Cappelli afirmou, na tarde desta quinta (20), que mudanças estão sendo avaliadas para a pasta nos próximos dias.

A afirmação foi dada logo após uma reunião com o comandante-geral do Exército, Tomás Miguel Ribeiro Paiva, que tem militares na estrutura do GSI que apareceram nas imagens vazadas nesta quarta (19) mostrando a movimentação de servidores entre os manifestantes que invadiram o Palácio do Planalto no dia 8 de janeiro.

Cappelli disse que teve uma primeira reunião na pasta pela manhã e que neste momento ainda não decidiu pela exoneração de agentes. “A gente começou o dia levantando informações, ouvindo [os servidores], e vai fazer uma avaliação sobre eventuais mudanças ao longo dos próximos dias”, afirmou.

Ele disse que ainda não há uma definição se os agentes militares serão retirados da estrutura do GSI, mas que vai depender “das atribuições” de cada um deles na pasta. Cappelli afirmou que um relatório está sendo preparado para apresentar ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após o retorno da viagem à Europa, que começa na noite desta quinta (20) e deve durar uma semana.

“A gente tem feito essa discussão em total sintonia tanto com civis quanto com o comando do Exército, com o general Tomás também”, afirmou. Ainda segundo Cappelli, agora se investiga quem pode ter vazado as imagens.

Militares podem ser julgados na Justiça comum, diz comandante

Tomás Paiva afirmou que há muitos militares na estrutura do GSI e que está colocando à disposição do ministro todas as informações necessárias de pessoal. “Estamos abertos, são decisões de Estado, políticas, e qualquer tipo de reformulação a gente atende de maneira tranquila”, disse.

O comandante foi questionado, ainda, sobre a presença de militares registrada nas imagens, mas disse que “é um problema da Justiça” que investiga os atos de 8 de janeiro, e que a esfera de julgamento dos envolvidos – se na Justiça comum ou na militar – ainda será definida.

Paiva afirmou também que os militares que estavam presentes no Palácio do Planalto e que aparecem nas imagens entre os manifestantes ainda estão sendo identificados, e que os envolvidos serão investigados “onde a Justiça determinar que sejam processados dentro do rito normal, não necessariamente [em inquérito militar]”.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]