O secretário executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Capelli, afirmou nesta quinta-feira (5) que não está em pauta a federalização da investigação do assassinato a tiros de três médicos em um quiosque na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Um quarto médico baleado está internado em estado estável em um hospital particular do Rio.
“Estamos desde o início do dia com a nossa equipe da Polícia Federal apoiando a Polícia Civil do estado do Rio com informações de inteligência. A Polícia Federal tem um banco de informações bastante robusto e importante para apoiar as investigações”, disse Cappelli, após palestrar no Rio Innovation Week 2023, na capital fluminense.
Sobre uma possível linha de investigação, o secretário executivo afirmou não ser prudente comentar investigações em curso. “A gente tem que ter muita prudência e confiar no trabalho técnico feito pelas polícias. Tenho confiança que a gente vai conseguir avançar. Creio que, em breve, conseguiremos elucidar esse crime inaceitável”, disse
O governador do Rio, Cláudio Castro (PL-RJ), receberá Cappelli nesta sexta-feira (6), no Palácio Guanabara, para tratar do assassinato dos ortopedistas e do apoio do governo federal para o combate ao crime no Complexo da Maré, na Zona Norte da cidade, informou a Agência Brasil. Castro já afirmou que a morte de três médicos “não ficará impune”.
O crime vitimou Diego Ralf Bomfim, irmão da deputada federal Sâmia Bonfim (Psol-SP), Marcos de Andrade Corsato e Perseu Ribeiro Almeida. Um das linhas de investigação é de que eles tenham sido baleados por engano, pois Perseu teria sido confundido com um miliciano. O crime pode ter sido motivado por vingança de um grupo rival contra o miliciano e o pai dele.
O miliciano que os atiradores procuravam costumava frequentar a mesma região onde o crime aconteceu nesta madrugada. Apesar de investigar a possibilidade de o crime ter sido cometido por engano, a possibilidade de crime político não foi descartada.
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