| Foto: Sergio Lima/AFP

Um dia após a Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC) ter destacado a necessidade de unidade da direita, que vive disputas internas um ano após a eleição de Jair Bolsonaro, apoiadores do presidente discutiram entre si nas redes sociais. Neste domingo, o senador Major Olimpio, líder do PSL no Senado, e o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), trocaram mensagens críticas via Twitter.

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As rusgas começaram quando Carlos escreveu, mais cedo, que o Major era um "bobo da corte" que "diz absurdos". "Conheço sua laia, canalha", afirmou o vereador, sugerindo que Major Olimpio seria ingrato por ter apoiado Márcio França (PSB-SP) na corrida para o governo de São Paulo e posteriormente ter procurado o governador João Doria (PSDB-SP), que venceu a disputa.

Major Olimpio, por sua vez, declarou que o Carlos Bolsonaro ofende quem deseja ajudar o presidente Bolsonaro. "Vá ser vereador no Rio de Janeiro que sua ausência ajudará muito o Brasil", afirmou, também em sua conta oficial no Twitter. "Não vou permitir molecagem comigo e assistir calado os 'príncipes' prejudicando o governo do pai", completou, classificando as postagens de Carlos como "baixaria" e "desespero".

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"Sou Senador graças ao presidente Bolsonaro, apoio-o e continuarei apoiando, mas não vou permitir molecagem comigo e assistir calado os 'príncipes' prejudicando o governo do pai! 'Não se opor ao erro é aprová-lo, não defender a verdade é negá-la'. São Tomás de Aquino", respondeu Olimpio.

Disputas internas no PSL

A carta em apoio ao presidente Jair Bolsonaro, divulgada na última quarta-feira, por membros do PSL, aprofundou as disputas internas do partido. Neste domingo, os deputados federais Filipe Barros (PSL-PR) e Bia Kicis (PSL-DF) divulgaram vídeo no qual chamam Joice Hasselmann (PSL-SP) de desinformada, com uma fala repleta de "artifícios utilizados pela esquerda".

A presença de Bia Kicis e Filipe Barros nas redes sociais é uma resposta à ação de Joice Hasselmann (PSL-SP) que, neste sábado, também em manifestação por meio do Twitter, chamou a carta dos parlamentares do PSL de "coisa idiota". "A cartinha foi feita por um grupelho que se juntou e sequer comunicou o partido como um todo. Foi uma malandragem, uma armadilha", declarou a parlamentar, que também é líder do governo no Congresso Nacional. Joice não está entre os signatários do documento.

Para Filipe Barros e Bia Kicis, "pessoas de má-fé estão nos atacando, como se nós quiséssemos dividir o partido, o que não é verdade". "Se tem alguém que está trabalhando pela união somos nós, e não pessoas que estão fazendo alarde nas redes sociais e por baixo dos panos querem outras coisas", completou Filipe Barros.

Joice Hasselmann busca apoio para ser a candidata do PSL à prefeitura de São Paulo nas eleições de 2020, mas tem enfrentado resistências. Em entrevista exclusiva ao Estadão/Broadcast, na semana passada, a deputada afirmou que, se for não for indicada pelo partido, tem o salvo-conduto de outras siglas para disputar o pleito.

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Filipe disse, no vídeo, que nem ele nem Bia Kicis têm interesse de mudar de partido, mas, sim, "corrigir os rumos" tomados pela sigla. "Nós tivemos que nos manifestar - depois de uma reunião com o presidente - que estamos com o presidente Bolsonaro. Isso não quer dizer que estamos contra o PSL, nem atacando alguém do PSL", declarou Bia Kicis.