Em julgamento realizado em maio de 2020, o Superior Tribunal de Justiça rejeitou um pedido de federalização das investigações do caso do assassinato da vereadora Marielle Franco.
O pedido da federalização havia sido feito ainda em 2019 pela então procuradora-geral da República, Raquel Dodge. Ela alegava inércia das autoridades do Rio de Janeiro nas investigações.
Os ministros do STJ, no entanto, negaram a solicitação por unanimidade – 8 votos a 0. A relatora à época foi a ministra Laurita Vaz.
No voto, ela ressaltava que o caso era de altíssima complexidade e o crime estava circundado de profissionalismo.
Ela concluiu o voto, apoiado pelos outros ministros, dizendo que "não há sombra de descaso, desinteresse, desídia ou falta de condições pessoais ou materiais das instituições estaduais encarregadas de investigar, processar e punir os eventuais responsáveis pela grave violação a direitos humanos".
A ministra ainda destacava, no voto, que havia “notório empenho da equipe de policiais civis da Delegacia de Homicídios e do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, o que desautoriza o atendimento ao pedido de deslocamento do caso para a esfera federal"
À época, a família de Marielle Franco encabeçou uma campanha contrária à federalização das investigações. Como lembra reportagem de 2020 do portal UOL, havia um temor de que, caso a apuração fosse retirada do Rio de Janeiro e passasse à esfera federal, poderia haver a interferência do então presidente Jair Bolsonaro e da família, adversários políticos da vereadora.
Já no ano passado, o então ministro da Justiça, Flávio Dino, anunciou em fevereiro que a Polícia Federal iria abrir um inquérito para, segundo ele, ampliar a colaboração federal no caso do assassinato da vereadora.
Uma nota publicada no site do Ministério da Justiça, em fevereiro de 2023, lembrava que seria a primeira vez que a Polícia Federal iria entrar na investigação do caso.
O próprio Ministério relembrava ainda na nota que, em 2018, chegou a ser aberto um outro inquérito da PF, na gestão do então ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann.
A investigação era focada em suspeitas de que uma organização criminosa estaria atuando com o objetivo de atrapalhar as investigações do assassinato da vereadora.
Neste domingo (24), a operação “Murder Inc.”, da PF, prendeu três suspeitos de serem “autores intelectuais” do crime.
A base da investigação é a delação premiada do ex-policial militar Ronnie Lessa, preso desde 2019 e acusado de ser um dos executores do assassinato.
A festa da direita brasileira com a vitória de Trump: o que esperar a partir do resultado nos EUA
Trump volta à Casa Branca
Com Musk na “eficiência governamental”: os nomes que devem compor o novo secretariado de Trump
“Media Matters”: a última tentativa de censura contra conservadores antes da vitória de Trump
Triângulo Mineiro investe na prospecção de talentos para impulsionar polo de inovação
Investimentos no Vale do Lítio estimulam economia da região mais pobre de Minas Gerais
Conheça o município paranaense que impulsiona a produção de mel no Brasil
Decisões de Toffoli sobre Odebrecht duram meses sem previsão de julgamento no STF