A jornalista Fernanda Chaves - ex-assessora de imprensa da vereadora Marielle Franco que sobreviveu ao ataque que matou a vereadora e o motorista Anderson Gomes em 14 de março de 2018 - disse que a investigação descortinou “a bizarra situação do Rio de Janeiro, absolutamente carcomido na sua institucionalidade pela atuação de organizações criminosas”.
Ao comentar sobre as prisões dos acusados de serem os mandantes do crime, neste domingo (24), Fernanda Chaves disse que o seu sentimento é de “revolta”. As informações são do jornal Metrópoles e da Agência Brasil.
“Foi preciso que mais de meia década se passasse, foi preciso que um novo presidente da República assumisse para que esse caso recebesse o devido tratamento que merece: o de maior relevância da história política do Brasil desde a redemocratização. Foi preciso que uma força tarefa federal assumisse a frente das investigações para que avançássemos nas investigações e, mais, descortinássemos a bizarra situação do Rio de Janeiro, absolutamente carcomido na sua institucionalidade pela atuação de organizações criminosas”, afirmou a jornalista.
Na manhã deste domingo (24), a Polícia Federal (PF) prendeu o deputado federal Chiquinho Brazão (União Brasil-RJ), o irmão dele, Domingos Brazão, que é conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, e o ex-chefe da Polícia Civil do Rio, Rivaldo Barbosa. Todos suspeitos de serem mandantes do assassinato.
Os nomes dos alvos foram confirmados pelo STF em uma nota publicada no início da tarde.
“Marielle Franco não merecia. O Rio de Janeiro não merecia. O Brasil e o mundo não mereciam. Marielle Franco apenas cumpria (sim, com todo afinco, firmeza e dedicação que lhes eram característicos) a missão pela qual batalhou: defender, lutar pelos direitos daqueles e daquelas que fazem uma cidade acontecer: os trabalhadores. Pelos direitos das mulheres, negros e periféricos. Ela foi arrancada do convívio de sua família, amigos e carreira por fazer apenas o que lhe era devido”, completou Fernanda Chaves.
Durante uma entrevista coletiva, neste domingo, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, leu um trecho da decisão do ministro Alexandre de Moraes, que autorizou a operação.
“Apontam diversos indícios do envolvimento dos Brazão, em especial de Domingos, com atividades criminosas. Incluindo-se nesse diapasão as relacionadas com milícias e grilagem de terras. Por fim, ficou delineada a divergência, no campo político, sobre questões de regularização fundiária e do direito de moradia”, afirmou o ministro.
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