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Cúpula dos Brics

Mundo não pode ficar polarizado entre EUA e China, diz assessor de Lula na África

Celso Amorim
Assessor de Lula para assuntos internacionais defendeu adesão de mais países ao grupo dos Brics frente a outros blocos. (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)

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O ex-embaixador brasileiro Celso Amorim, que atua como assessor do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para assuntos internacionais, afirmou nesta terça (22) que o mundo vive uma “certa polarização” entre Estados Unidos e China que precisa ser superada.

A afirmação foi dada pouco antes da primeira reunião do presidente na Cúpula dos Brics, realizada até quinta (24) em Joanesburgo, na África do Sul.

“É uma afirmação global. Acima de tudo, essa reunião do Brics, com esse grande interesse, um enorme número de países em desenvolvimento, demonstra que o mundo é mais complexo”, avaliou em relação à possível entrada de mais países no bloco.

Segundo o Itamaraty, pelo menos 22 nações manifestaram a intenção de fazer parte do bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Entre os interessados, estão a Argentina, que tem a simpatia de Lula, a Indonésia, Arábia Saudita, Irã, Cuba e Venezuela.

Para Amorim, o interesse mostra que o Brics é “uma nova força que o mundo não pode mais ser visto como ditado pelo G7”, o grupo das sete maiores economias e que foi alvo de críticas de Lula durante a live desta terça (22).

Lula afirmou que o grupo não representa mais a geopolítica econômica mundial, e que os Brics querem negociar em pé de igualdade com países como os Estados Unidos e integrantes da União Europeia.

A ampliação do quadro de membros é unânime entre os países fundadores, mas com critérios divergentes entre eles. Enquanto que Rússia e China são favoráveis à adesão como uma forma de se contrapor ao G7, Lula defende uma adesão baseada em regras que não gerem uma crise diplomática com outras nações – principalmente as que formam o G7.

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