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Pastores do MEC

CGU multa Assembleia de Deus por envolvimento em esquema de propina

Caso dos “Pastores do MEC” ocorreu na gestão do ex-ministro Milton Ribeiro. (Foto: Catarina Chaves/MEC)

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A Controladoria-Geral da União (CGU) aplicou uma multa de R$ 6.994,71 à igreja evangélica Assembleia de Deus de Goiânia – Ministério Cristo Para Todos, acusada de envolvimento em um esquema de propina ao ex-ministro da Educação Milton Ribeiro. O episódio, que ficou conhecido como “Pastores do MEC”, investigou a atuação de líderes religiosos em negociações irregulares com o Ministério da Educação (MEC).

As apurações indicaram que Milton Ribeiro teria permitido que os pastores agissem como lobistas dentro da pasta, intermediando benefícios a entidades religiosas e recebendo vantagens indevidas em troca. Segundo a CGU, as práticas configuraram violações à Lei Anticorrupção (Lei 12.846/2013).

Entre as irregularidades identificadas, destacou-se o custeio de passagens aéreas pelos pastores, caracterizado como “subvenção para o pagamento de vantagem indevida”. Além disso, a imagem de Milton Ribeiro foi divulgada em bíblias distribuídas pela igreja, o que, para a CGU, representou uma forma de retribuir os favores concedidos pelo ex-ministro.

O caso evidencia o uso indevido de recursos e cargos públicos, bem como a influência de agentes externos no Ministério da Educação durante a gestão de Jair Bolsonaro. A multa aplicada pela CGU é um desdobramento das investigações que buscam responsabilizar as entidades e pessoas envolvidas no esquema.

Em outubro deste ano, a Comissão de Ética da Presidência puniu o ex-ministro com “aplicação de censura ética” no âmbito das investigações sobre a suposta influência de pastores na liberação de verbas da pasta para municípios.

Quando surgiram as primeiras denúncias, o então presidente Jair Bolsonaro defendeu publicamente o ex-ministro, afirmando que “eu boto a minha cara no fogo pelo Milton. Estão fazendo uma covardia com ele”. No entanto, após a prisão de Ribeiro, Bolsonaro declarou que o ocorrido provava que não havia interferência do governo na Polícia Federal e reforçou que “se Milton Ribeiro for culpado, vai pagar”.

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