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"Persona non grata"

Chanceler brasileiro pede reunião com embaixador de Israel após Lula gerar crise diplomática

Lula e Mauro Vieira
O chanceler brasileiro, Mauro Vieira, e o presidente Lula (PT) (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, solicitou uma reunião com o embaixador israelense no Brasil, Daniel Zonshine, para falar sobre a crise diplomática criada pelo presidente Lula (PT) ao comparar a luta de Israel contra o Hamas às mortes de judeus no Holocausto. Em resposta à fala do petista, o governo de Israel declarou Lula “persona non grata”. A reunião deve ocorrer ainda nesta segunda-feira (19).

Em nota, o Itamaraty disse que “diante da gravidade das declarações desta manhã do governo de Israel, o Ministro Mauro Vieira, que está no Rio de Janeiro para a reunião do G20, convocou o embaixador israelense Daniel Zonshine para que compareça hoje ao Palácio Itamaraty, no Rio”.

Mais cedo, Lula chamou de volta ao Brasil o embaixador Frederico Meyer, chefe da embaixada brasileira em Tel Aviv, Israel. O "ato de consulta" é uma resposta diplomática que um país dá ao outro quando há algum conflito ou desentendimento entre as duas nações, mas não significa um rompimento imediato de relações.

Ao comentar sobre o caso, o ex-chanceler e assessor especial para assuntos internacionais da Presidência da República, Celso Amorim, classificou como “absurda” a decisão do governo israelense e disse que “persona non grata é Israel”.

“O que está acontecendo na Faixa Gaza não existe em nenhum outro momento histórico, aliás, existiu quando Hitler resolveu matar os judeus”, afirmou o petista.

Na ocasião, Lula fazia críticas aos países ricos que suspenderam o financiamento à Agência das Nações Unidas para Refugiados Palestinos (UNRWA, na sigla em inglês). A UNRWA é acusada pelo governo de Israel de colaborar com o Hamas.

Em reação ao petista, o governo de Israel declarou Lula “persona non grata” e o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, disse que comparar Israel ao Holocausto nazista e a Hitler "é ultrapassar uma linha vermelha".

Vale lembrar que o Hamas comemorou a eleição de Lula em 2022 e também emitiu um comunicado, no domingo (18), elogiando o petista pela declaração contra Israel.

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