O acordo em torno de uma chapa única da direita no Distrito Federal para o governo distrital e o Senado em 2026 sofreu abalos nas últimas semanas, envolvendo os principais nomes da política local.
Com o governador Ibaneis Rocha (MDB) cumprindo o segundo mandato e já de olho em uma das duas vagas abertas para senadores do Distrito Federal, o campo ideológico dominante hoje no jogo eleitoral local parecia estar com suas pré-candidaturas já acertadas. A busca da outra cadeira no Senado ficaria com a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL), vista como vitória garantida caso confirme a candidatura. A aposta governista para a sucessão de Ibaneis estava, por sua vez, reservada à sua vice, Celina Leão (PP), favorita em todos os cenários.
Os abalos começaram quando a senadora Damares Alves (Republicanos) levantou a possibilidade de Celina ser aproveitada em uma composição nacional, sugerindo que ela pudesse vir a ser a vice numa chapa presidencial da direita. A vice-governadora do Distrito Federal rejeitou a hipótese, afirmando estar focada no Distrito Federal e insinuando que segue candidata ao Palácio do Buriti.
Para aumentar os ruídos no arranjo anteriormente estabelecido, o senador Izalci Lucas (PL) deixou recentemente do PSDB e ingressou no partido de Jair Bolsonaro, declaradamente disposto a brigar para ser o nome do grupo conservador ao governo distrital. Correndo por fora, outro nome que surge como opção da direita para o Senado é o deputado Fred Linhares (Republicanos), partido de Damares.
Em entrevista ao Correio Braziliense, Celina Leao afirmou que o plano do PP para ela está voltado à continuidade dos seus trabalhos no Distrito Federal. “Fico muito grata pela lembrança em cenário nacional feita por uma senadora da envergadura da Damares, mas meu projeto é local. Eu tenho uma participação no cenário nacional, mas há outras pessoas que já estão se articulando”, explicou. Ela também disse que não se incomoda com a pré-candidatura de Izalci.
A senadora Damares afirmou que quer mediar a união da direita, tanto no plano nacional quanto distrital, com o objetivo de garantir a vitória desse campo político nas eleições de 2026. Ela afirmou também ao Correio Braziliense que a maior dificuldade hoje é escolher o nome conservador para governar a unidade da Federação, embora tenha certeza de que este é o perfil do próximo governador. Na lista de opções para disputar o governo ela inclui ainda a amiga Michelle e a deputada distrital Paula Belmonte (Cidadania).
“Michele já falou que apoia a Celina, eu já falei no passado também, mas muitas águas podem rolar debaixo dessa ponte”, sinalizou a senadora.
Sobre as eleições presidenciais, Damares Alves disse que, apesar de ser um forte candidato e pertencerem ao mesmo partido, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, só será candidato caso aceite um “grande desafio de nação”.
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