O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) divulgou uma nota conjunta com os representantes do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF) em defesa da democracia na manhã desta segunda-feira (9). No texto, os representantes dos três Poderes dizem "rejeitar" os atos terroristas em Brasília e pedem à população a "defesa da paz e da democracia". O texto também classifica de "terroristas" e "golpistas" os atos de vandalismo do domingo (8) na capital federal, e diz que "providências" contra os responsáveis serão tomadas.
"Os Poderes da República, defensores da democracia e da Carta Constitucional de 1988, rejeitam os atos terroristas, de vandalismo, criminosos e golpistas que aconteceram na tarde de ontem em Brasília", diz o texto.
A nota foi divulgada depois do encontro de Lula com a ministra Rosa Weber, presidente do STF; com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL); e com o senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), presidente do Senado em exercício. Os ministros do STF Luís Roberto Barroso e Dias Toffoli também estiveram no encontro.
"Estamos unidos para que as providências institucionais sejam tomadas, nos termos das leis brasileiras. Conclamamos a sociedade a manter a serenidade, em defesa da paz e da democracia em nossa pátria. O país precisa de normalidade, respeito e trabalho para o progresso e justiça social da nação", conclui o texto da nota.
O encontro de Lula com os representantes dos Três Poderes ocorreu na sala da Presidência da República, no Palácio do Planalto. Por ser blindado, o espaço não foi invadidos pelos manifestantes que atacaram os prédios da Esplanada dos Ministérios no último domingo (8).
A ministra Rosa Weber disse que também pretende despachar de sua sala na presidência do STF. Assim como o escritório de Lula no Planalto, o ambiente de trabalho da chefe do Supremo não foi danificado pelos manifestantes que invadiram o prédio do Judiciário.
"A ministra Rosa Weber vai despachar do gabinete dela, lá no anexo, que não foi danificado. Porque nós queremos mostrar para o país que a democracia é muito mais forte, que as instituições e a Constituição Federal não serão violados", disse o ministro da Secretaria de Comunicação, Paulo Pimenta.
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