As tentativas de destravar as importações de insumos para a produção de vacina contra a Covid-19 para o Brasil podem custar o cargo do ministro de Relações Exteriores Ernesto Araújo.
Entenda o porquê dessa disputa.
Entenda se há possibilidade de Ernesto Araújo sair do governo
A liberação de insumos chineses para a produção das vacinas Coronavac e de Oxford no Brasil passa por um impasse diplomático.
Isso porque a embaixada da China pede que o governo brasileiro dê uma sinalização clara do presidente Jair Bolsonaro sobre a boa relação entre os dois países.
É aí que a cabeça de Ernesto Araújo teria sido posta a prêmio. Isso porque Brasil e China sempre tiveram mesmo uma boa proximidade, mas essa relação foi estremecida por causa dos vários ataques feitos pelo ministro nos últimos dois anos.
Tanto que as tratativas para a liberação dos insumos foram feitas pelos ministros da Agricultura, Tereza Cristina, e da Saúde, Eduardo Pazuello, além do presidente da Câmara, Rodrigo Maia.
E essa sinalização exigida pelo governo chinês poderia ser tanto um pedido formal de desculpas por esses ataques ou medidas administrativas que melhorem as relações diplomáticas entre os dois países.
Além disso, o impasse diplomático para a saída de Ernesto Araújo ganhou força dentro do próprio Brasil. Militares e a ala pragmática do governo também endossam a exoneração do ministro.
Eles defendem que o Brasil precisa adotar uma visão diplomática mais pragmática e menos ideológica, principalmente com a chegada de Joe Biden ao governo dos Estados Unidos.