Deputados ouvem o parlamentar preso Chiquinho Brazão por videoconferência no Conselho de Ética.| Foto: Bruno Spada / Câmara dos Deputados
Ouça este conteúdo

O deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) disse nesta quarta-feira (24) que irá provar a sua inocência, após ser acusado de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol) e do seu motorista, Anderson Gomes. Ele discursou durante sessão do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados.

CARREGANDO :)

Atualmente preso no presídio da Papuda, em Brasília, o deputado participou da reunião do Conselho de Ética por meio de videoconferência.

"O que eu posso falar em minha defesa é que sou inocente e vou provar. Sei que não há muito o que dizer. Pela grande relevância desse crime, eu sei como a Câmara está nesse momento", declarou.

Publicidade

Ele também insinuou que, por causa da relevância do crime, os deputados estariam sofrendo pressão da mídia. "Ao final de tudo isso, eu provando e provarei a minha inocência, que pudessem aqueles que eu já ouvi se retratar futuramente em relação à minha família", disse.

O presidente do Conselho de Ética, deputado Leur Lomanto (União-BA),  informou que, mesmo não sendo o momento da defesa, o representado tem o direito de usar a palavra. Chiquinho Brazão havia pedido na Justiça para participar da reunião.

A defesa do deputado, no entanto, só poderá ser apresentada depois da escolha do relator, que deve ficar para a próxima reunião.

Brazão teve a prisão mantida pela Câmara no dia 10 de abril, após o plenário aprovar o pedido apresentado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Foram 277 votos favoráveis, 129 contrários e 28 abstenções.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]
Publicidade

Desistência da relatoria

A escolha do relator que dará um parecer sobre processo de cassação de Chiquinho Brazão no Conselho de Ética ainda segue indefinida.

As regras preveem que, em processos de cassação, três integrantes do Conselho de Ética sejam sorteados. O presidente escolhe o relator a partir dessa lista tríplice.

Quatro deputados sorteados para comporem essa lista já desistiram: Ricardo Ayres (Republicanos-TO), Bruno Ganem (Podemos-SP), Gabriel Mota (Republicanos-RR) e Rosângela Reis (PL-MG).

Hoje o colegiado sorteou o nome de Jorge Solla (PT-BA) para completar a lista ao lado de Jack Rocha (PT-ES) e Joseildo Ramos (PT-BA). O nome deverá ser definido na próxima semana.