Presidente Lula, ministra da Gestão, Esther Dweck, ministro da Secom, Paulo Pimenta e de relações institucionais, Rui Costa.| Foto: Lucas Leffa/SECOM GOVERNO
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O governo federal decidiu nesta sexta-feira (3) adiar a aplicação em todo o país das provas do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU), também conhecido como "Enem dos Concursos", que estava previsto para ocorrer no próximo domingo (5). Ainda não há uma nova data definida para a realização das provas.

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O adiamento atende a um pedido do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), em razão das fortes chuvas que atingem o estado desde o início da semana.

A decisão oficial foi anunciada pelos Esther Dweck (Gestão e da Inovação em Serviços Públicos) e Paulo Pimenta (Secom). Houve divisão entre os membros do governo sobre o adiamento do concurso, devido ao impacto financeiro e possivelmente jurídico da medida .

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"Estamos diante de uma calamidade de proporções inéditas no Brasil, como foi dito pelo governador, e o nosso primeiro compromisso é nos solidarizar com as vítimas e com as pessoas que perderam os seus parentes, e o esforço da região estão focadas no socorro ás vítimas", disse Dweck.

Inicialmente, o governo havia informado nesta quinta (2) que iria manter a aplicação das provas e ajudaria enviando esforços para garantir a participação dos candidatos gaúchos. De acordo com o Ministério da Gestão e Inovação, 80.348 pessoas se inscreveram para realizar as provas em 10 municípios do Rio Grande do Sul.

De acordo com o ministro da Secom, Paulo Pimenta, o adiamento da prova pode ter um custo de R$ 50 milhões. O governo não conseguiu um respaldo jurídico para conseguir o adiamento apenas em um estado e por isso decidiu adiar nacionalmente.

Cerca de 2,65 milhões de brasileiros se inscreveram para fazer o Enem dos Concursos. A prova vai selecionar, de uma só vez, 6.640 servidores para 21 órgãos públicos federais (órgãos e entidades da Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional).

A prova prevista para o dia 5 de maio seria aplicada em 228 cidades, localizadas em todos os estados do país. O teste conta com questões objetivas específicas e dissertativas, separadas por área de atuação.

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"Até ontem, nosso objetivo era garantir a logística das provas, processo de fiscalização e aplicação. A gente sabe que os candidatos se mobilizaram para se deslocarem. Estávamos focado em garantir a realização da prova, mas o cenário da região sul vem se agravando a cada hora e o que a gente percebeu é que estamos em um agravamento sem precedentes", disse a ministra ressaltando que o objetivo é preservar a participação de todos os candidatos.

A partir de agora, a ministra informou que o esforço será garantir a integridade e a segurança das provas que já estavam sendo encaminhadas para os locais onde seriam aplicadas. Esse esforço conta com o apoio da Polícia Federal e da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

De acordo com o Ministério da Gestão, a nova data será anunciada assim que houver condições climáticas e logísticas de aplicação da prova em todo o território nacional.

No último balanço, divulgado pelo governo do RS, o número de mortes em razão dos fortes temporais e das enchentes subiu para 37. Ao todo, 235 municípios foram afetados pelos temporais.