Ciro Nogueira criticou articulação política de Tarcísio e disse que escolha do candidato da direita em 2026 depende do aval de Bolsonaro.| Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado.
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Presidente do PP, o senador Ciro Nogueira (PI), afirmou que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), está "deixando a desejar" na articulação política por dividir aliados nas eleições de 2024.  A insatisfação não é só do PP, segundo Nogueira, o União Brasil, o PL e o próprio Republicanos teriam questionado a atuação do governador.

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“Hoje só tem um partido que está feliz, com o qual não sei se ele vai contar [em 2026] porque é um partido mais governista, o PSD”, disse o senador em entrevista ao jornal O Globo divulgada nesta quarta-feira (30).

O partido de Gilberto Kassab elegeu 891 prefeitos e, assim como Tarcísio, apoiou a reeleição de Ricardo Nunes (MDB) em São Paulo. Nogueira apontou que Tarcísio é o principal nome da direita para disputar a presidência da República em 2026, caso o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) permaneça inelegível.

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No entanto, disse que o governador não deve agir como se estivesse em “concurso público”, apesar de seu currículo. Ele ressaltou que a escolha do candidato da direita em 2026 depende do aval de Bolsonaro.

“Sou um admirador do Tarcísio, mas acho que a competência dele talvez seja o maior obstáculo. Nós temos um problema… Poucos políticos têm o currículo dele. Um homem que se formou em escola militar de engenharia e passou em um dos concursos mais disputados do país, mas Presidência não é concurso público”, afirmou.

“Os governadores de São Paulo pensam, às vezes, que São Paulo é um país e que ele está acima do Brasil, e isso não pode acontecer com o Tarcísio. Ele está deixando a desejar muito na articulação política”, acrescentou.

Em entrevista à CNN Brasil, Tarcísio já havia rebatido críticas anteriores de Nogueira. “Ele pode ficar tranquilo que não há eventual racha. Sou leal ao presidente [Bolsonaro]”, disse nesta terça (29). Um dia antes, o senador disse à emissora que se o governador “escantear” o ex-mandatário será um “suicídio político”.

Pressão por impeachment de ministros do STF é “inútil”, diz Ciro Nogueira

O senador disse que considera “inútil” a pressão pelo impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). A oposição já protocolou vários pedidos dessa natureza no Senado, principalmente contra o ministro Alexandre de Moraes. 

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“Não vai acontecer impeachment do ministro. Isso é uma forma de tentar ter palanque eleitoral para as eleições. O Senado não tem maioria”, frisou. Nogueira disse que esse cenário pode mudar a partir de 2026. 

“Eu tenho alertado os ministros do Supremo há muito tempo que deve haver um passo para trás nesse excesso de protagonismo, porque senão a grande pauta de 2026 do Senado vai ser impeachment de ministro. Isso é muito ruim para democracia, para o Senado”, disse.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]