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O senador Ciro Nogueira (PP-PI) fez uma provocação ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) neste final de semana por não ter conseguido frear a morte de indígenas da etnia yanomami ao longo de 2023, o que levou o governo a traçar uma nova estratégia de auxílio e combate a crimes ambientais na região.
Em uma postagem nas redes sociais, Nogueira ironizou a falha do governo Lula 3 com os yanomamis.
“A culpa não era de Bolsonaro, o ‘genocida’? As mortes de yanomamis no 1º ano de Lula no mesmo nível do último de Bolsonaro. Críticas? Bolsonaro era o ‘culpado’. Lula? Esse assunto sumiu. Mas o Brasil vê o duplo padrão e na hora certa vai falar”, postou (veja na íntegra).
Um relatório da Secretaria de Saúde Indígena (Sesai) do Ministério da Saúde publicado no começo do ano aponta que a morte de yanomamis em 2023 cresceu quase 50% em relação ao ano anterior. Foram 308 vítimas contra 209 em 2022.
Segundo o relatório, 104 mortes foram só de bebês com menos de um ano de idade. Outras 58 mortes foram de crianças entre um e quatro anos de idade. Ao todo, as mortes de crianças até 4 anos de idade correspondem a 52,5% do total.
As causas das mortes são diversas: Doenças do aparelho respiratório (66); causas externas de morbidade e de mortalidade (65); algumas doenças infecciosas e parasitárias (63); doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas (35); sintomas, sinais e achados anormais de exames clínicos e de laboratório, não classificados em outra parte (25); e outros (54).
Como noticiado pela Gazeta do Povo no início de dezembro do ano passado, o governo interrompeu a publicação periódica dos relatórios sobre a situação do povo yanomami logo depois de ter sido registrado um aumento no número de mortes dos indígenas.
Até setembro, os boletins do Ministério da Saúde eram semanais. Depois, as publicações passariam a ser mensais. No entanto, o governo passou de outubro até o dia 20 de dezembro sem publicar os boletins.