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Ciro Gomes
Ex-aliado de Lula afirmou que atuação política de Janja pode atingir esquerda na eleição deste ano.| Foto: Fernando Bizerra/EFE

O ex-aliado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Ciro Gomes (PDT), voltou a disparar contra a primeira-dama, Janja da Silva, afirmando que o ativismo dela pode prejudicar a esquerda nas eleições municipais de 2024 e na corrida presidencial de 2026.

Chamando o ativismo dela de “janjismo”, Ciro diz que a atuação intensa da militância associada à primeira-dama poder ser um fator negativo para o governo, que pretende pavimentar o caminho neste ano para a candidatura de Lula à reeleição em 2026.

“Pelo movimento da economia, a população vai votar contra o governo, mas pela guerra cultural e o janjismo, o governo vai perder a eleição. Não vai [só] perder 2026, vamos acompanhar as eleições municipais nas capitais brasileiras, que são uma pista nos grandes centros”, disse em entrevista recente ao canal My News.

Ciro já foi ministro do governo Lula, mas se distanciou dele na última década e fez uma forte ofensiva na eleição presidencial de 2022. A primeira-dama também entrou na mira dele mais recentemente.

Ao analisar o cenário eleitoral, Ciro previu dificuldades para o PT, não apenas em 2026, mas já nas eleições municipais de 2024. Ele também comentou sobre os possíveis candidatos da direita na eleição presidencial, já que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está inelegível após condenações no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Ciro apontou Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) e Romeu Zema (Novo-MG) como os herdeiros do capital político de Bolsonaro, embora tenha feito críticas a ambos. Zema, diz, representa “o fim da picada”, enquanto que Tarcísio está consolidando uma posição ao fazer acenos à direita aliada do ex-presidente.

Em contrapartida, elogiou o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União-GO), afirmando que ele “tem dotes”.

“É um belo de um cara, eu conheço mais de perto: um médico, tem espírito público, é um bom administrador. Esse reacionarismo dele não impediu de ficar contra as posições malucas e negacionistas do Bolsonaro na pandemia. Ele foi pela vacina, foi pelo isolamento social”, afirmou Ciro em referência à atuação de Caiado durante a pandemia da Covid-19.

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