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Pandemia

“Clamor social” motivou orientação sobre uso de cloroquina, diz Ministério da Saúde

Secretários do Ministério da Saúde comentaram plano de utilização da cloroquina.
Secretários do Ministério da Saúde comentaram plano de utilização da cloroquina. (Foto: )

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Um dos motivos para a formulação da orientação de uso da cloroquina em pacientes de Covid-19 teria sido o “clamor da sociedade, pedindo ao Ministério da Saúde uma manifestação formal”, sobre o uso do medicamento, segundo Mayra Pinheiro, Secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde da pasta. O documento publicado nesta quarta-feira (20) traz a classificação de uso da cloroquina, hidroxicloroquina e azitromicina em pacientes com sintomas leves do novo coronavírus.

Durante coletiva para atualização de dados sobre ações do governo no combate à pandemia, a secretária afirmou que o texto é apenas uma orientação e não protocolo de uso obrigatório. Segundo Mayra, há uma desigualdade no direito de receber a prescrição desses medicamentos, pois pessoas mais pobres não têm acesso a receita. De acordo com os secretários, 76 fontes de referência foram consultadas para a realização nota técnica.

“Não vamos retardar a espera do brasileiro, enquanto aguardam o resultado do exame”, apontou a secretária. O Ministério da Saúde firmou uma parceria com a Sociedade Brasileira de Cardiologia, que deverá oferecer o serviço de telemedicina para interpretar exames de eletrocardiogramas. Esses exames serão realizados no primeiro, terceiro e quinto dia durante a aplicação do medicamento à pacientes pacientes, na tentativa de perceber qualquer alteração cardiológica.

Plano de uso da cloroquina

Os sintomas da Covid-19 foram divididos em leves, moderados e graves. Também foram separadas em três as fases da doença, todas elas levam em conta os dias de sintomas para prescrição de doses determinadas. A secretária afirmou que a produção da substância está sendo reforçada. Além disso, os estoques estaduais serão revistos. O remédio só poderá ser adquirido com prescrição médica.

Consentimento do paciente

Os pacientes terão de consentir, ou seja, assinar um documento junto com o médico para usar o medicamento. O termo já está disponível e estabelece que o paciente tem conhecimento de todos os riscos envolvidos no uso do medicamento, como acontece nos procedimentos cirúrgicos.

Para a secretária, é uma forma de garantir aos brasileiros o acesso à medicação, respeitando o “princípio da equidade”. Ela considera o remédio seguro, apesar dos efeitos colaterais “que todos os medicamentos apresentam”. Mayra comparou a situação ao possível efeito colateral causado pelo paracetamol, que pode resultar em “hepatite fulminante” e mesmo assim o remédio é usado de forma comum.

“Não estamos nos afastando da ciência, estamos nos aproximando da necessidade de garantir a vida em tempo de guerra”, disse a secretária, sobre a discordância de autoridades da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre o uso da cloroquina.

Leitos 

O tempo médio para habilitar um leito de UTI tem sido de quatro dias, segundo Adriana Teixeira, Diretora do Departamento de Atenção Hospitalar, Domiciliar e Urgência. Para o processo de habilitação é necessário que seja expedido um ofício pelos gestores estaduais e municipais, se eles cumprem os requisitos exigidos, leva em média quatro dias entre a avaliação da área técnica e a publicação da portaria. De acordo com o Ministério da Saúde, foram habilitados 2.352 leitos na última semana.

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