As críticas que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez ao desempenho da comunicação do seu partido nas redes sociais deram a senha para a reforma que o mandatário deve promover no primeiro escalão de seu time no próximo ano.
Em fala por videoconferência aos militantes do PT reunidos em seminário nesta sexta-feira (6), Lula mostrou indignação com o espaço que a “extrema-direita” ocupa nas redes e prometeu ajustes. Segundo ele, há "erros na comunicação".
"O PT tem culpa, o meu governo tem culpa, porque a gente não pode permitir, em nenhum momento, que alguém que pense como pensa a extrema-direita no nosso país tenha mais espaço nas redes sociais do que nós, tenha mais informações na internet do que nós e consiga projetar as suas maldades mais do que a gente consegue projetar as bondades que nós fazemos”, enfatizou.
Aliados do governo consideram que a Secretaria de Comunicação, a cargo do ministro petista Paulo Pimenta, deverá sofrer o pontapé inicial das mudanças. O publicitário Sidônio Palmeira, coordenador da campanha de Lula à presidência, deve assumir a Secretaria de Comunicação Social da Presidência, apurou a Folha de S. Paulo.
Ao lado da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, o publicitário foi um dos responsáveis pela estratégia do anúncio compartilhado do pacote de gastos com a isenção do Imposto de Renda para quem ganha mais de R$ 5 mil. A inclusão de taxação de super-ricos no pacote de medidas foi defendida como uma forma do governo mostrar que todos deveriam colaborar com o esforço fiscal.
A medida foi vista como um “tiro no pé” pelo mercado financeiro, que avaliou estar em xeque a convicção do governo de promover o ajuste de contas públicas. Lula, no entanto, demonstrou percepção contrária.
“Fiquei mais otimista com o lançamento do programa que anunciamos agora, desde a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil até a tentativa de moralizar os benefícios públicos, porque nem tudo é correto. Mas, sobretudo, de a gente cobrar renda das pessoas mais ricas”, reforçou na videoconferência.
Partidos aliados serão acomodados
Com a alteração da composição ministerial a partir de uma pasta ocupada pelo PT, Lula deve seguir a realocação de partidos aliados, para reforçar o apoio no Congresso. Devido ao resultado das eleições municipais, devem ser contemplados com mais ministérios o PSD, MDB e União Brasil.
Também existe expectativa sobre a nomeação de Gleisi Hoffmann para o Ministério do Desenvolvimento Social, hoje comandado pelo ex-governador do Piauí e senador licenciado pelo partido, Wellington Dias.
Neste caso, a presidente do PT anteciparia o processo eleitoral interno, deixando outro quadro a responsabilidade pela transição. O nome mais cotado é do senador Humberto Costa (PT-PE).
Paulo Pimenta, atual chefe da Secom, deve migrar para a Secretaria-Geral da Presidência, no lugar de Márcio Macêdo, que pode ser o novo tesoureiro do PT.
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