O hospital de campanha inaugurado nesta sexta-feira (5) pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em Águas Lindas de Goiás foi entregue com um mês de atraso. Destinado a atender pacientes da Covid-19 de Goiás e do Distrito Federal, a estrutura até ficou pronta no final de abril, mas só receberá pacientes a partir desta sexta-feira.
O governo federal foi responsável pela construção. A administração estadual, por sua vez, ficará com a operação da unidade, instalação de equipamentos e atendimento a pacientes. A administração do governador Ronaldo Caiado (DEM), aliado de Bolsonaro e anfitrião da cerimônia de inauguração, alega que o atraso ocorreu porque a União só transferiu a gestão do hospital ao governo de Goiás na semana passada.
O hospital de campanha em Águas Lindas é o primeiro montado pelo governo federal para atender exclusivamente pacientes de Covid-19.
A capacidade é para 200 leitos. Inicialmente, porém, serão utilizados 60, sendo 40 leitos de enfermaria e 120 leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). A quantidade de leitos pode aumentar conforme a demanda, de acordo com as autoridades locais.
A instalação foi calculada em R$ 10 milhões com recursos federais. A administração estadual prevê gastar R$ 30,7 milhões por seis meses para manter a estrutura funcionando com equipamentos e profissionais.
A assessoria do governo de Goiás afirmou que o atraso ocorreu porque o governo federal só entregou a estrutura pronta para a administração estadual na semana passada, quando os equipamentos começaram a ser disponibilizados. Até então, os pacientes que precisaram de internação foram direcionados para Brasília, Goiânia ou para o hospital de campanha de Luziânia (GO).
Números de infectados
A prefeitura de Águas Lindas havia manifestado preocupação com o atraso. A cidade registrou 269 casos do novo coronavírus até quinta-feira.
Nesta sexta, o número de óbitos chegou a sete. Após a cerimônia de inauguração e com elogios a Bolsonaro, porém, o prefeito Hildo do Candango (PTB) minimizou o atraso. Ele afirmou que a "burocracia" impactou na programação e que não houve prejuízo a pacientes.
O Ministério da Saúde e o Ministério da Infraestrutura foram questionados pela reportagem sobre a situação, mas ainda não se manifestaram.
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