O ex-ministro Silvio Almeida, dos Direitos Humanos, foi citado em mais duas denúncias de supostos abusos de assédio sexual em análise pela Comissão de Ética Pública da Presidência da República. Ele foi demitido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em setembro após o caso vir à tona e que teve como uma das vítimas a ministra Anielle Franco, da Igualdade Racial.
Estas novas denúncias teriam sido feitas por outras duas vítimas de acordo com uma apuração da Folha de S. Paulo publicada nesta sexta (18). A Casa Civil confirmou à Gazeta do Povo os novos casos, mas afirmou que está em sigilo.
“Há duas novas denúncias, mas o processo em questão tramita em sigilo até a decisão final”, disse em nota à reportagem. Almeida nega veementemente as denúncias.
As novas acusações se somam a um procedimento já em andamento na comissão após a demissão de Almeida. No entanto, a defesa dele afirma que ainda não recebeu nenhuma informação sobre o andamento do caso.
Com a exoneração de Almeida, a pena máxima que a Comissão de Ética pode aplicar é a censura ética, que consiste em manter o registro da penalidade nos assentamentos funcionais do servidor por até três anos, para consultas futuras. Silvio Almeida foi afastado do cargo no dia 6 de setembro, após a divulgação de denúncias de assédio sexual pelo site Metrópoles.
Na época, a organização Me Too Brasil confirmou as denúncias, mas preservou a identidade das vítimas. Em comunicado, a entidade afirmou que as vítimas enfrentaram dificuldades para obter apoio institucional e, por esse motivo, decidiram autorizar a divulgação do caso na imprensa.
Após a demissão de Almeida, a ministra Anielle Franco revelou publicamente que também foi alvo de importunação sexual pelo ex-ministro. Em depoimento à Polícia Federal, Anielle detalhou que as abordagens inadequadas do ex-colega de Esplanada teriam começado ainda durante a transição, no final de 2022, e escalado para uma importunação física.
Silvio Almeida negou todas as acusações desde que vieram a público, e emitiu uma nota repudiando “com absoluta veemência” as “mentiras que estão sendo assacadas contra mim”.
“Repudio tais acusações com a força do amor e do respeito que tenho pela minha esposa e pela minha amada filha de 1 ano de idade, em meio à luta que travo, diariamente, em favor dos direitos humanos e da cidadania neste país”, emendou.
Ele também destacou que acusações falsas constituem denunciação caluniosa e afirmou que essas “difamações não encontrarão par com a realidade”.
Triângulo Mineiro investe na prospecção de talentos para impulsionar polo de inovação
Investimentos no Vale do Lítio estimulam economia da região mais pobre de Minas Gerais
Conheça o município paranaense que impulsiona a produção de mel no Brasil
Decisões de Toffoli sobre Odebrecht duram meses sem previsão de julgamento no STF