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A Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (26) dois requerimentos de convite para o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, prestar esclarecimentos sobre a conduta da corporação em casos recentes.
Um dos pedidos pede esclarecimentos sobre os áudios revelados pela revista Veja. Nos áudios, o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), aparece criticando o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), além de afirmar que a PF tem uma “narrativa pronta” nas investigações contra o ex-presidente.
O autor do pedido foi o deputado Gilvan da Federal (PL-ES), apenas o deputado Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ) votou contra o requerimento. No texto da proposta, Gilvan cita que “é necessária uma investigação para aprofundar a veracidade dos fatos narrados nos áudios”.
“Nos áudios o Tenente Coronel Mauro Cid “narra que estar sendo induzido e constrangido, além do fato de que suas declarações foram distorcidas, certas informações tiradas de contexto e outras convenientemente omitidas pela Polícia Federal”, escreveu Gilvan na justificativa do requerimento.
Em outro requerimento, Gilvan também pede a presença do diretor-geral da PF para ele prestar esclarecimentos sobre a detenção do jornalista português Sergio Tavares no aeroporto de Guarulhos no dia 25 de fevereiro.
O jornalista internacional tinha vindo ao Brasil para cobrir a manifestação pró-Bolsonaro a ser realizada naquele dia. Ao desembarcar, foi retido e interrogado pela Polícia Federal sobre suas opiniões políticas.
No dia 19 de março, em audiência pública da Comissão de Segurança do Senado, o diretor de Polícia Administrativa da Polícia Federal (PF), Rodrigo de Melo Teixeira, admitiu que a PF deteve o cidadão português por manifestações nas redes sociais.
“É de causar perplexidade a atitude do governo brasileiro, em especial, por parte da Polícia Federal que agora vai começar a deter pessoas que desembarcam em aeroportos no Brasil, sobre alegações de terem opiniões contrárias ao governo do PT, com isso devam ser detidas para averiguações. Isso é gravíssimo”, explicou Gilvan da Federal no pedido.
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