Integrantes da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara dos Deputados se articulam para tentar garantir a votação, em plenário, do Projeto de Decreto Legislativo (PDL) que susta os decretos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre armas. As medidas do petista restringiram a possibilidade de novos registros de armas de uso restrito e as autorizações para criação de clubes de tiro.
O presidente da comissão, deputado Ubiratan Sanderson (PL-RS), afirma que a ideia é aprovar um requerimento de urgência, para que o PDL seja analisado diretamente pelo Plenário da Câmara e não precise passar pelas comissões, como a de Constituição e Justiça.
O prazo para o recadastramento de armas em todo o território nacional se encerraria no início de abril, mas foi estendido até a última quarta-feira (03), depois de um pedido dos parlamentares de oposição ao ministro da Justiça, Flávio Dino. Mesmo assim, o prazo foi considerado curto demais para que aqueles com registro de colecionador, atirador desportivo e caçador (CAC) pudessem regularizar o registro das armas.
A possibilidade de pedir mais tempo para o recadastramento de armas no país também não está descartada, segundo o deputado Marcos Pollon (PL-MS), um dos defensores do PDL na comissão. Segundo ele, além do pouco tempo para regularização, muitas pessoas sequer ficaram sabendo da necessidade de atualizar o cadastro das armas. O deputado destacou que “não houve uma campanha por parte do governo, muitas pessoas acabaram sendo prejudicadas por isso”.
A questão do prazo para recadastramento de armas voltou à cena política depois que a Polícia Federal realizou, nesta semana, a Operação Day After, cm busca de pessoas que não preenchiam os requisitos legais de idoneidade para a posse de armas de fogo. A PF divulgou que efetuou 50 prisões em vários estados, e a apreensão de armas e munições, mas essas pessoas já tinham mandados de prisão em aberto por outros crimes. Em entrevista coletiva, Dino disse que 6.178 CACs que não fizeram o recadastramento e agora são “alvos em potencial” da PF.
Em entrevista à Gazeta do Povo, Pollon disse que foi criada muita desinformação sobre a operação da PF, principalmente devido ao fato de se tentar relacionar a prisão de pessoas que praticaram outros crimes com aquelas que têm porte de armas, mas não fizeram o recadastramento. “Nenhuma pessoa em sã consciência vai defender que um indivíduo com mandado de prisão fique solto”, afirmou. O parlamentar também cobrou que a polícia cumpra outros milhares de mandados em aberto.
Triângulo Mineiro investe na prospecção de talentos para impulsionar polo de inovação
Investimentos no Vale do Lítio estimulam economia da região mais pobre de Minas Gerais
Conheça o município paranaense que impulsiona a produção de mel no Brasil
Decisões de Toffoli sobre Odebrecht duram meses sem previsão de julgamento no STF
Deixe sua opinião