A Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados teve uma reunião bastante “acalorada”, nesta terça-feira (13), com bate-boca e xingamentos após afirmação feita pelo deputado Éder Mauro (PL-PA).
Mauro rebateu deputados da esquerda que falavam sobre a ex-vereadora do Rio Marielle Franco na véspera do dia em que ela foi assassinada há seis anos. Ele disse que Marielle "acabou". O tumulto foi tão grande que a reunião precisou ser encerrada pela presidente do colegiado, Daiana Santos (PCdoB-RS).
Aos congressistas, o deputado disse que "feministas que defendem bandidos do Rio" não se manifestam a favor das mulheres estupradas por terroristas do Hamas em invasão a Israel, em outubro de 2023. E acrescentou: "mas se fosse Marielle Franco tenha certeza que elas estariam até hoje (defendendo)", afirmou.
Éder Mauro ainda continuou: "Marielle Franco acabou, p****. Não tem p**** nenhuma aqui", gritou.
Em resposta à declaração do deputado do PL, Talíria Petrone (PSOL-RJ), do mesmo partido e estado da ex-vereadora, chamou Mauro de "torturador" e "matador de m****". O oposicionista Gilvan da Federal (PL-ES) também entrou no bate-boca.
A confusão se estendeu entre os parlamentares da oposição e governistas, enquanto assessores da esquerda entoaram o cântico de "Marielle presente". Já Éder Mauro gesticulava com sinal de reprovação.
Ao pedir o encerramento da sessão, a presidente do colegiado informou que deve reportar o caso ao Conselho de Ética da Câmara.
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