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As manifestações a favor do governo de Jair Bolsonaro nesta terça-feira (7) repercutiram na imprensa internacional. Os principais jornais e agências de notícias do mundo destacaram frases ditas pelo presidente durante os atos na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, e na Avenida Paulista, em São Paulo, levantando preocupações sobre uma crise institucional no Brasil. A breve detenção de um ex-assessor do ex-presidente americano Donald Trump também ganhou espaço na cobertura internacional, especialmente nos Estados Unidos.
O Wall Street Journal destacou que as as manifestações mostraram a força do líder de direita antes das eleições presidenciais de 2022. O jornal americano ressaltou também que os manifestantes pediram prisão de comunistas, fechamento do Congresso e que criticaram o Supremo Tribunal Federal (STF).
Ao noticiar os atos em favor do governo, a Reuters enfatizou as críticas do presidente ao STF e ao sistema de votação eletrônico, afirmando que Bolsonaro “lançou dúvidas sobre a integridade das eleições do ano que vem”. A agência de notícias disse ainda que a presença de manifestantes foi “muito aquém” do que havia previsto o Palácio do Planalto, mas disse que a participação de dezenas de milhares de pessoas “talvez tenha sido o suficiente para encorajar o presidente em seu impasse com o judiciário e o Congresso”.
O jornal americano Washington Post, de viés progressista, destacou que o presidente Jair Bolsonaro aumentou os ataques ao STF e ameaçou “mergulhar o país em uma crise institucional" ao dizer que não cumprirá ordens judiciais do ministro Alexandre de Moraes e que para ele há apenas três opções: “ser preso, morto ou vitorioso”. A publicação salientou também que dezenas de milhares de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro participaram dos atos desta terça-feira, mas depois citou que o número estimado pelas autoridades do estado de São Paulo para o ato na Avenida Paulista foi inferior ao que esperava o presidente.
Outro jornal progressista, o The Guardian relatou que, apesar de milhares de apoiadores nas ruas, as pesquisas de opinião indicam que a presidência de Bolsonaro “está saindo dos trilhos” e que sua chance de reeleição é pequena. A publicação britânica salientou que os atos pró-governo defenderam a intervenção militar e pregaram atos violentos contra autoridades do STF e instituições. Também chamou a retórica do presidente de “caótica e radical”.
Na América do Sul, os jornais argentinos La Nación, Clarín e Infobae ressaltaram o discurso de Bolsonaro, trazendo para as manchetes a frase em que o presidente diz que “apenas Deus” vai tirá-lo da presidência. O jornal peruano El Comercio, por sua vez, salientou as críticas do presidente ao sistema eleitoral brasileiro.
A breve detenção do americano Jason Miller em um aeroporto em Brasília nesta terça-feira (7) também repercutiu em meios de comunicação americanos. Miller, ex-assessor de Donald Trump e fundador da rede social Gettr, estava no Brasil para participar da Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC na sigla em inglês).
De acordo com Fox News e Washington Post, ele foi brevemente detido pela Polícia Federal para questionamento como parte do inquérito dos atos antidemocráticos, por ordem de Moraes. A CNN, o New York Post, a Reuters e outros veículos também relataram o caso.
Os jornais ainda informaram que, ao contrário do que muitos estavam prevendo, não houve violência durante as manifestações pró-governo.
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