Prometida como a tecnologia do futuro, o presente do 5G no Brasil está sendo mesmo é de dor de cabeça.

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Além de não ter a menor ideia de quando ela vai chegar para o consumidor final, a tecnologia entrou também no centro da discussão política que resultou até mesmo na queda de um ministro.

Entenda como o 5G mexeu com a política interna e externa do Brasil antes mesmo de chegar ao país em um minuto.

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O 5G está mexendo com as relações internacionais do Brasil

A grande novidade do 5G é que ela oferece uma internet mais rápida do que a disponível hoje. Só que a principal questão em torno dela é a sua fornecedora.

A chinesa Huawei é a principal empresa do mundo nessa tecnologia, só que ela vem sendo acusada de espionagem e essa temática ganhou bastante força por aqui.

Estados Unidos, Itália e França foram alguns dos países que baniram a empresa por causa disso e o Brasil fez vários acenos de que seguiria pelo mesmo caminho, principalmente pela proximidade com o governo Trump nos últimos anos.

O problema disso é que o Brasil e a China sempre foram grandes parceiros comerciais e não pegou nada bem tentar deixar a Huawei de fora do leilão do 5G por aqui. Tanto que tivemos algumas sinalizações de uma possível retaliação caso isso acontecesse.

Foi esse impasse que colocou o agora ex-ministro Ernesto Araújo contra a parede. Ele sempre foi um crítico da China e fazia ressalvas ao 5G da Huawei justamente por conta da questão geopolítica.

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No último fim de semana, Araújo criticou em seu Twitter a senadora Katia Abreu, dizendo que ela estaria fazendo lobby em favor da china nas articulações relacionadas à infraestrutura do 5G.

Só que a declaração não foi bem vista pelo Senado, o que aumentou a pressão pela demissão do ministro, que aconteceu na segunda-feira.

Além disso, esse último episódio pode mudar a posição do Brasil em relação ao 5G chinês, diminuindo o interesse do governo por eventuais restrições à Huawei no leilão do 5G, que deve acontecer em breve.