Por meio de nota, a Confederação Israelita do Brasil (Conib) disse que o governo Lula se coloca “ao lado da teocracia iraniana” e que a atual política externa do Brasil se desvia da linha histórica ao não condenar formalmente o ataque do Irã a Israel ocorrido na noite do sábado (13), quando mais de 200 drones mísseis foram lançados no país e um navio de contêineres ligado a um empresário israelense foi capturado pela Guarda Revolucionária iraniana.
“A posição do governo brasileiro é mais uma vez frustrante. O mundo democrático e vários países do Oriente Médio se uniram a Israel em condenar e combater o ataque do Irã. Já a atual política externa do Brasil optou por se colocar ao lado da teocracia iraniana, desviando novamente de nossa linha diplomática histórica de condenar agressões desse tipo. Lamentável”, diz a nota publicada pelo presidente da Conib, Claudio Lottenberg.
Ainda no sábado, o Itamaraty divulgou uma nota sobre o ataque, mas não condenou formalmente os ataques iranianos.
"O Governo brasileiro acompanha, com grave preocupação, relatos de envio de drones e mísseis do Irã em direção a Israel, deixando em alerta países vizinhos como Jordânia e Síria. Desde o início do conflito em curso na Faixa de Gaza, o Governo brasileiro vem alertando sobre o potencial destrutivo do alastramento das hostilidades à Cisjordânia e para outros países, como Líbano, Síria, Iêmen e, agora, o Irã. O Brasil apela a todas as partes envolvidas que exerçam máxima contenção e conclama a comunidade internacional a mobilizar esforços no sentido de evitar uma escalada. Em vista dos últimos acontecimentos no Oriente Médio, o Ministério das Relações Exteriores orienta os brasileiros que evitem viagens não essenciais à região, em particular a Israel, Palestina, Líbano, Síria, Jordânia, Iraque e Irã e que os nacionais que já estejam naqueles países sigam as orientações divulgadas nos sítios eletrônicos e mídias sociais das embaixadas brasileiras. O Itamaraty vem monitorando a situação dos brasileiros na região, em particular em Israel, Palestina e Líbano desde outubro passado”, diz a nota do Itamaraty.
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