Ex-presidente Jair Bolsonaro vetou 19 trechos da legislação em 2021, mas Congresso derrubou vetos.| Foto: Bigstock
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O Congresso Nacional promulgou 19 itens do Marco Legal das Ferrovias que haviam sido vetados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em 2021. As regras visam facilitar investimentos privados no transporte ferroviário e garantir a eficiência desse setor fundamental para a economia brasileira.

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De acordo com as regras divulgadas nesta segunda (16) em uma edição extra do Diário Oficial da União (veja na íntegra), uma das principais mudanças restabelecidas na lei diz respeito à preferência das atuais concessionárias para obter autorizações. Isso significa que essas empresas têm prioridade para as ferrovias dentro de suas áreas de influência que estejam disponíveis para outorga.

Essa preferência é garantida por um período de cinco anos, durante o qual as concessionárias têm 15 dias para exercer esse direito. Bolsonaro havia vetado essa regra sob a justificativa de que poderia prejudicar a competição e afastar potenciais novos investidores.

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Além disso, as concessionárias atuais também têm o direito de buscar a recomposição do equilíbrio econômico-financeiro caso não haja uma adaptação do contrato de concessão para autorização. Essa recomposição pode incluir a redução do valor da outorga, o aumento do teto tarifário, a supressão da obrigação de investimentos ou a ampliação do prazo contratual.

Outro ponto restaurado na lei é a proibição de que as empresas ferroviárias recusem o transporte de cargas sem justificativa válida. Isso visa garantir o fluxo eficiente de mercadorias e a disponibilidade de transporte ferroviário para a economia.

A lei também estabelece requisitos documentais, como relatórios de viabilidade técnica, econômica e ambiental, informações sobre a capacidade de transporte das ferrovias, e condições para interconexão e compartilhamento de infraestrutura ferroviária.

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Um dos aspectos financeiros mais significativos da lei diz respeito ao destino de valores não tributários auferidos pela União junto às operadoras ferroviárias, como multas e indenizações. Pelo menos metade desses recursos deve ser reinvestida em projetos de infraestrutura logística ou de transporte público, com ênfase em projetos estaduais.

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A rejeição completa do veto presidencial ficou pendente e deve ser votada na próxima sessão do Congresso, no dia 24. A expectativa é que esse veto seja derrubado, considerando o acordo entre os parlamentares.

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