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Congresso vai voltar do recesso “repaginado”, diz líder sobre entrada do PP e Republicanos no governo

José Guimarães
Líder do governo na Câmara, José Guimarães, confirmou as indicações do PP e Republicanos para ministérios de Lula. (Foto: Myke Sena/Câmara dos Deputados)

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O líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE), disse na manhã desta quarta (19) que já está praticamente certa a entrada do PP e do Republicanos na Esplanada dos Ministérios, com a indicação de André Fufuca (PP-MA) e Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) pelos partidos.

A declaração confirmou o teor das reuniões realizadas pelo ministro Alexandre Padilha, das Relações Institucionais, desde o começo da semana para ampliar a base e aprovar projetos de interesse do governo com mais “paz e tranquilidade”. Os nomes ainda devem ser aprovados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que chega ao Brasil da viagem à Bélgica no final da tarde.

Guimarães disse que os dois nomes indicados pelo PP e Republicanos já são conhecidos de Lula e tem uma relação histórica com o presidente, mas reconheceu que não terá os votos de toda a bancada das legendas. Apesar disso, afirmou que a entrada deles no governo vai garantir votações menos apertadas.

“O Congresso volta repaginado com a ampliação de forças dentro do governo para garantir o painel [de votações], que é o que importa, quantos votos o governo tem”, disse o deputado em entrevista à GloboNews.

Apesar da entrada de Fufuca no governo, o presidente nacional do PP, Ciro Nogueira (PI) garantiu que o partido em si não fará parte do governo, mas que não impediria membros da legenda de serem nomeados.

Segundo ele, o governo passou por momentos de sufoco no primeiro semestre, o que mostra a necessidade de se articular para ampliar a base e garantir os resultados esperados no Congresso. Entre os projetos que causaram tensão, disse Guimarães, o da medida provisória que reorganizou a Esplanada correu risco de não ser aprovado.

Já a aprovação da reforma tributária, no começo do mês, custou R$ 8,5 bilhões em emendas parlamentares pagas antes e depois da votação, confirmando a política do “toma lá, dá cá” negada por Lula e seus ministros.

Ainda segundo José Guimarães, outros partidos que não são da base do governo tem contribuído com os projetos econômicos do Planalto, como PSDB, Cidadania e PL. O União Brasil, que já tem ministérios na Esplanada, ganhou recentemente mais uma pasta, a do Turismo, com a indicação de Celso Sabino – a legenda está de olho em outras, como Esporte e Caixa Econômica.

“Meu papel é arrumar voto para garantir a aprovação das matérias do governo. Ninguém governa sem maioria parlamentar, sem sustentabilidade”, completou o líder do governo na Câmara.

Lula deve ter uma reunião com Fufuca e Costa Filho nesta quinta (20) e também com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), ainda nesta semana. Na semana passada, o petista disse que pretende se reunir com líderes partidários na volta do recesso parlamentar, em agosto, para melhorar a base governista.

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