Bahia, São Paulo e Pernambuco terão novos governadores em 2023: Jerônimo Rodrigues (PT), Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Raquel Lyra (PSDB)| Foto: Montagem com fotos de arquivo pessoal e EFE
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No dia 1º, 27 governadores serão empossados em 26 estados e no Distrito Federal. Desses, 18 foram reeleitos para um segundo mandato. É o caso dos governadores Gladson Cameli (PP) no Acre, Paulo Dantas (MDB) em Alagoas, Wilson Lima (União) no Amazonas, Ibaneis Rocha (MDB) no Distrito Federal, Renato Casagrande (PSB) no Espírito Santo, Ronaldo Caiado (União) em Goiás, Carlos Brandão (PSB) no Maranhão, Mauro Mendes (União) em Mato Grosso, Romeu Zema (Novo) em Minas Gerais, Helder Barbalho (MDB) no Pará, João Azevêdo (PSB) na Paraíba, Ratinho Junior (PSD) no Paraná, Cláudio Castro (PL) no Rio de Janeiro, Fátima Bezerra (PT) no Rio Grande do Norte, Eduardo Leite (PSDB) no Rio Grande do Sul, Coronel Marcos Rocha (União) em Rondônia, Antonio Denarium (PP) em Roraima e Wanderlei Barbosa (Republicanos) em Tocantins.

Entre as legendas, o União Brasil e o PT foram os que mais elegeram governadores, com quatro cada, seguidos pelo MDB, PSB e PSDB (três), PP, PSD, PL e Republicanos (dois), além do Solidariedade e do Novo (um).

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A seguir, saiba mais sobre os 27 governadores eleitos para mandatos válidos de 2023 a 2027:

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Acre: Gladson Cameli

Gladson Cameli (PP) foi reeleito governador do Acre no primeiro turno, com 56% dos votos válidos. Na disputa, contou com o apoio do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL).

Nascido em Cruzeiro do Sul (AC), Cameli é engenheiro e tem 44 anos. Sobrinho do ex-governador do Acre Orleir Cameli, o atual chefe do executivo estadual começou a carreira política em 2006, como deputado federal. Ele exerceu o cargo por dois mandatos.

Gladson Cameli deixou a Câmara dos Deputados após ser eleito senador em 2015. Na primeira metade do mandato, voltou para o Acre e venceu a primeira eleição para o governo do estado.

Alagoas: Paulo Dantas

Paulo Dantas (MDB) foi reeleito no segundo turno, com 52,33% dos votos válidos. Na disputa, contou com o apoio do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Durante a campanha eleitoral, Dantas chegou a ser afastado do governo por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ). A determinação ocorreu no âmbito de uma investigação sobre um suposto esquema de "rachadinha" na Assembleia Legislativa de Alagoas, quando Dantas era deputado estadual.

Ele foi reconduzido ao cargo dias antes do segundo turno, após decisão tomada pelos ministros Gilmar Mendes e Luiz Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Dantas é produtor rural e começou a carreira política em 2018, quando foi eleito deputado estadual. Após as renúncias do ex-governador Renan Filho (MDB) e do vice Luciano Barbosa (MDB) para disputarem outros cargos públicos, o então parlamentar foi eleito de forma indireta pela Assembleia Legislativa do Estado de Alagoas.

O presidente da Assembleia à época, Marcelo Victor (MDB), era o próximo na linha de sucessão, mas decidiu não assumir o cargo para concorrer à reeleição.

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Amapá: Clécio Vieira

Clécio Vieira (SD) foi eleito governador do Amapá no primeiro turno, com 53,69% dos votos válidos. Ele contou com o apoio de Lula e do atual governador amapaense, Waldez Góes (PDT).

Nascido em Belém (PA), o professor de 50 anos iniciou a carreira política em 2004, quando foi eleito para o primeiro de três mandatos consecutivos na Câmara Municipal de Macapá. Deixou o legislativo local em 2012, após vencer a disputa pela Prefeitura da capital amapaense. Na época, foi o primeiro prefeito eleito pelo Psol em uma capital.

Em 2016, Vieira foi reeleito prefeito de Macapá, como integrante da Rede Sustentabilidade. Após os dois mandatos cumpridos em 2020, o governador eleito iniciou campanha para a disputa estadual de 2022 e se filiou ao Solidariedade.

Amazonas: Wilson Lima

Wilson Lima (União Brasil) foi reeleito governador do Amazonas no segundo turno, com 56,65% dos votos válidos, com apoio do presidente Bolsonaro. Ele é jornalista e radialista. Não ocupou outros cargos públicos antes de ser eleito governador em 2018, na onda dos chamados "outsiders" da política.

O primeiro mandato foi marcado pelo colapso na saúde pública do Amazonas por causa da pandemia da Covid-19. Na ocasião, os hospitais do estado ficaram desabastecidos de insumos médicos, como, por exemplo, oxigênio hospitalar.

Entre as propostas do governador reeleito estãoca realização de mutirões para dar vazão às consultas acumuladas ao longo do período de emergência sanitária, o aumento de UTIs no interior e o estabelecimento de policlínicas em municípios médios.

Bahia: Jerônimo Rodrigues

Jerônimo Rodrigues (PT) foi eleito governador da Bahia no segundo turno, com 52,78% dos votos válidos. A primeira campanha política dele foi impulsionada pela presença constante de Lula ao lado do novato.

A eleição garantiu o quinto mandato consecutivo do PT no governo da Bahia. Com a derrota do PSDB nas eleições paulistas, o domínio petista na Bahia é a maior hegemonia estadual de uma legenda no Brasil atualmente.

Engenheiro agrônomo formado pela UFBA (Universidade Federal da Bahia) e filho de agricultores familiares, ele deixou o interior do estado na adolescência para fazer faculdade em Salvador. Antes de ser eleito governador, Rodrigues foi secretário estadual de Educação no governo de Rui Costa (PT) e secretário executivo adjunto do Ministério do Desenvolvimento Agrário na gestão de Dilma Rousseff (PT).

Ceará: Elmano de Freitas

Elmano de Freitas (PT) foi eleito governador do Ceará no primeiro turno, com 54,02%. Assim como no caso de Rodrigues na Bahia, a campanha do petista ganhou corpo após uma forte vinculação do candidato com Lula.

Elmano é advogado e iniciou sua trajetória política em 2005, quando foi nomeado secretário da Educação de Fortaleza. Após participar de dois mandatos de Luizianne Lins (PT), foi lançado como candidato ao cargo em 2012, mas foi derrotado no segundo turno por Roberto Cláudio (PDT).

Dois anos depois, foi eleito para o primeiro de dois mandatos consecutivos como deputado estadual. Na Assembleia Legislativa do Ceará, Elmano ganhou projeção ao ser relator da CPI do Motim, que investigou a participação de associações militares em motins realizados pela Polícia Militar do Ceará.

A candidatura de Elmano foi lançada depois que o PT decidiu desfazer uma aliança com o PDT, porque o partido de Ciro Gomes rejeitou lançar a candidatura da então pedetista Izolda Cela para o governo do estado. Izolda era vice-governadora de Camilo Santana (PT). Em abril ela assumiu o Palácio da Abolição, depois que Santana se afastou para concorrer ao Senado. Após a decepção com o PDT, ela deixou o partido.

Distrito Federal: Ibaneis Rocha

Ibaneis Rocha (MDB) foi reeleito governador do Distrito Federal no primeiro turno, com 50,30% dos votos válidos. Na disputa, ele contou com apoio do presidente Bolsonaro.

Nascido em Brasília (DF), o advogado de 51 anos ocupou diversos cargos na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-DF) antes de ser candidato ao governo do Distrito Federal, em 2018. Puxado pela onda dos candidatos "outsiders" naquele ano, venceu a disputa no segundo turno.

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Espírito Santo: Renato Casagrande

Renato Casagrande (PSB) foi reeleito governador do Espírito Santo no segundo turno, com 53,8% dos votos válidos. Ele fez uma campanha sem colar seu nome com candidatos presidenciais, embora tenha participado de alguns eventos ligados a Luiz Inácio Lula da Silva, já que o PSB fez parte da coligação nacional do petista.

Casagrande vai para o terceiro mandato à frente do Palácio Anchieta, que ocupou também entre 2011 e 2015. O político também foi vice-governador entre 1995 e 1999.

Uma das promessas de Casagrande é reforçar o combate ao crime organizado de roubo a bancos e ataques ao transporte coletivo, causados por traficantes de drogas, como o que ocorreu na Grande Vitória recentemente.

Goiás: Ronaldo Caiado

Ronaldo Caiado (União Brasil) foi reeleito governador de Goiás no primeiro turno, com 51,81% dos votos válidos. Mesmo tendo feito campanha para Bolsonaro no segundo turno, o governador venceu a disputa doméstica sem ter contado com o apoio declarado do presidente.

Membro de uma família de produtores rurais, Caiado construiu sua carreira política atrelada ao agronegócio. Foi candidato à Presidência da República em 1989, mas não chegou ao segundo turno da disputa.

Caiado foi deputado federal por quatro mandatos consecutivos. Foi eleito senador em 2014. Ele retornou a Goiás em 2018 e venceu a disputa estadual para o cargo de governador.

Maranhão: Carlos Brandão

Carlos Brandão (PSB) foi reeleito governador do Maranhão no primeiro turno, com 51% dos votos válidos. O apoio do senador eleito Flávio Dino (PSB) e de Lula foi decisivo para a vitória.

O político de 64 anos é natural de Colinas (MA). Fez carreira como médico veterinário e empresário e, em 2014, foi eleito como vice-governador de Dino. Desde abril deste ano, com a saída de Dino para disputar o Senado, Brandão está à frente do Palácio dos Leões. Ele também já foi eleito deputado federal por dois mandatos e exerceu o cargo de secretário adjunto de Estado do Meio Ambiente.

Mato Grosso: Mauro Mendes

Mauro Mendes (União Brasil) foi reeleito governador de Mato Grosso no primeiro turno, com 68,45% dos votos válidos. Na campanha, contou com o apoio do presidente Bolsonaro.

Nascido em Anápolis (GO), o empresário de 58 anos iniciou a carreira política em 2008, quando foi derrotado na disputa pela Prefeitura de Cuiabá. Dois anos depois foi novamente preterido no pleito para o governo do Mato Grosso.

Em 2012, Mendes venceu a disputa pela Prefeitura de Cuiabá no segundo turno e, após um mandato no cargo, não buscou a reeleição, tendo como objetivo o governo estadual, conquistado nas eleições de 2018.

Mato Grosso do Sul: Eduardo Riedel

Eduardo Riedel (PSDB) foi eleito governador do Mato Grosso do Sul no segundo turno, com 56,9% dos votos válidos. Mesmo com alinhamento político e apoio de lideranças estaduais ligadas a Bolsonaro, como a senadora eleita Teresa Cristina (PP), o presidente declarou apoiou o adversário dele, Capitão Contar (PRTB).

Riedel é empresário do setor agropecuário, nascido no Rio de Janeiro, em 1969. Essa foi a primeira disputa eleitoral do governador eleito, que anteriormente havia sido presidente da Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), entre 2006 e 2012, e secretário de Infraestrutura nos dois mandatos de Reinaldo Azambuja no governo do estado.

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Minas Gerais: Romeu Zema

Romeu Zema (Novo) foi reeleito governador de Minas Gerais no primeiro turno, com 56,18% dos votos válidos. Zema não contou com o apoio do presidente Bolsonaro na disputa, porque o PL lançou o senador Carlos Viana no pleito, mas o chefe do executivo mineiro foi um dos governadores que apoiaram Bolsonaro no segundo turno.

Antes de entrar para a política, Zema era sócio-proprietário e presidente do conselho de administração do Grupo Zema, um dos maiores de varejo e postos de combustíveis de Minas Gerais. A empresa existe desde 1923 e foi fundada pelo bisavô do atual governador. Zema, que é formado em administração de empresas, assumiu a gestão da companhia no início da década de 1990. Deixou o conselho da empresa em 2016.

Pará: Helder Barbalho

Helder Barbalho (MDB) foi reeleito governador do Pará no primeiro turno, com 70,41% dos votos válidos. Mesmo sem apoio declarado na disputa, foi um dos governadores que apoiaram a candidatura de Lula no segundo turno.

Filho do senador Jader Barbalho (MDB) e nascido em Belém (PA), a carreira política do governador de 43 anos começou em 2000, quando foi eleito vereador de Ananindeua (PA). Após dois anos, Barbalho deixou a cidade ao conquistar o cargo de deputado estadual, mas voltou ao município em 2004 e venceu duas eleições seguidas para o cargo de prefeito.

Antes de ser eleito governador do Pará em 2018, Barbalho ocupou diversos cargos no Governo Federal. Foi ministro da Pesca e Aquicultura e ministro-chefe da Secretaria Nacional dos Portos na gestão de Dilma Rousseff e ministro da Integração Nacional no mandato de Michel Temer (MDB).

Paraíba: João Azevêdo

João Azevêdo (PSB) foi reeleito governador da Paraíba no segundo turno, com 52,51% dos votos válidos. Após um primeiro turno sem apoio dos presidenciáveis, Azevêdo teve palanque junto de Lula no segundo turno.

Engenheiro civil por formação, Azevêdo foi reeleito governador da Paraíba em sua segunda disputa a um cargo público. Antes disso, tinha ocupado cargos de secretário nas pastas da Infraestrutura, Recursos Hídricos, Meio Ambiente e da Ciência e Tecnologia.

Paraná: Ratinho Junior

Ratinho Junior (PSD) foi reeleito governador do Paraná no primeiro turno, com 69,64% dos votos válidos. Ele contou com o apoio do presidente Bolsonaro na disputa.

Em sua trajetória política, Ratinho coleciona bons desempenhos eleitorais, tendo vencido para deputado estadual em 2002, com apenas 21 anos, seguido de mandatos como deputado federal em 2006 e 2010. Porém, ao tentar se eleger prefeito de Curitiba, em 2012, foi derrotado por Gustavo Fruet (PDT), que teve mais de 60% dos votos válidos.

Em 2013, Ratinho Junior assumiu a Secretaria de Desenvolvimento Urbano na gestão Beto Richa (PSDB), quando se aproximou de prefeitos, vereadores e lideranças de todo o estado. No ano seguinte teve a maior votação da história entre deputados estaduais até então, com 300 mil votos, para logo voltar ao cargo no governo de Richa. Em 2018, foi eleito governador do Paraná, também em primeiro turno, com quase 60% dos votos.

Pernambuco: Raquel Lyra

Raquel Lyra (PSDB) foi eleita governadora de Pernambuco no segundo turno, com 58,70% dos votos válidos. Ela venceu a disputa mesmo sem contar com apoio de nenhum presidenciável nos dois turnos.

Outro fato importante que marcou as eleições pernambucanas foi a morte do marido de Raquel, ocorrida no dia da votação em primeiro turno. Fernando Lucena, de 44 anos, teve um mal súbito. Dez dias depois, um dos filhos da candidata passou mal e teve de fazer uma cirurgia para retirar o apêndice.

Formada em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Raquel fez carreira como servidora pública, atuando no Banco do Nordeste, na Polícia Federal e na Procuradoria do estado. Na vida pública, a governadora eleita foi secretária estadual da Criança e da Juventude, deputada estadual por dois mandatos e prefeita de Caruaru.

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Piauí: Rafael Fonteles

Rafael Fonteles (PT) foi eleito governador do Piauí no primeiro turno, com 57,17% dos votos totais. Como nos casos de Rodrigues na Bahia e Elmano no Ceará, a campanha de Fonteles ganhou corpo com a presença de Lula.

Nascido em Teresina (PI), o professor de 37 anos foi secretário da Fazenda durante os mandatos de Wellington Dias (PT). Com Dias sendo candidato ao Senado nas eleições de 2018, Fonteles foi o escolhido do PT para disputar o cargo de governador, mesmo sem ter disputado nenhuma eleição anteriormente.

Rio de Janeiro: Cláudio Castro

Cláudio Castro (PL) foi reeleito governador do Rio de Janeiro no primeiro turno, com 58,61% dos votos válidos. Foi o candidato apoiado pelo presidente Bolsonaro na disputa.

A carreira política de Castro começou em 2004, quando foi chefe do gabinete do vereador do Rio de Janeiro Márcio Pacheco e seguiu o parlamentar para a Alerj em 2014, onde exerceu a mesma função. Deixou o cargo dois anos depois para se candidatar pelo PSC à Câmara Municipal do Rio de Janeiro, sendo eleito com 10.262 votos.

Em 2018, o PSC decidiu lançar Castro como vice na chapa de Wilson Witzel para o governo do Rio de Janeiro. A chapa foi eleita no segundo turno, com 4.675.355 votos. Em 2021, a Alerj decidiu pelo impeachment de Witzel por crime de responsabilidade e Castro assumiu o mandato em 1º de maio daquele ano.

Rio Grande do Norte: Fátima Bezerra

Fátima Bezerra (PT) foi reeleita governadora do Rio Grande do Norte no primeiro turno, com 58,31% dos votos válidos. Nascida em Picuí (PB), a pedagoga de 67 anos iniciou a carreira política em 1994, quando foi eleita para o primeiro de três mandatos consecutivos como deputada estadual. Em 2002, Fátima conquistou uma vaga na Câmara dos Deputados e foi reeleita para o cargo em três oportunidades seguidas.

Deixou a Câmara em 2018, quando disputou e foi eleita senadora, mas cumpriu apenas a metade do mandato, após retornar ao estado para vencer a primeira disputa ao Governo do Rio Grande do Norte.

Rio Grande do Sul: Eduardo Leite

Eduardo Leite foi reeleito governador do Rio Grande do Sul no segundo turno, com 57,12% dos votos válidos. Assim como a colega de partido Raquel Lyra, Leite evitou nacionalizar a disputa para governador no estado e concorreu sem apoio dos presidenciáveis nos dois turnos.

Com a vitória, Leite se tornou o primeiro chefe do executivo gaúcho com mandatos consecutivos desde 1998, quando a reeleição foi aprovada no Congresso Nacional.

Leite é advogado, nascido em Pelotas, em 1985. A carreira política do governador reeleito começou em 2004. O tucano foi eleito vereador em Pelotas (RS) em 2008, mas não conseguiu o mandato como deputado estadual em 2010. Dois anos depois, o tucano venceu a disputa pela Prefeitura no segundo turno e não tentou uma segundo mandato. Em 2018, foi aprovado pelo partido como candidato ao governo do Rio Grande do Sul e venceu a disputa, também no segundo turno.

Rondônia: Marcos Rocha

Coronel Marcos Rocha (União) foi reeleito governador de Rondônia no segundo turno, com 52,47% dos votos válidos. O militar venceu o senador Marcos Rogério (PL), apoiado pelo presidente Bolsonaro.

Marcos Rocha fez uma campanha sem dar destaque para a disputa presidencial, embora tenha usado muito o verde-e-amarelo nos materiais, cores usadas por apoiadores de Bolsonaro.

Com a eleição, o oficial do Exército Brasileiro vai para o segundo mandato à frente do governo rondoniense, após já ter ocupado cargos como secretário de Estado da Justiça e secretário municipal de Educação em Porto Velho.

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Roraima: Antonio Denarium

Antonio Denarium (PP) foi reeleito governador de Roraima no primeiro turno, com 56,47% dos votos válidos. Mesmo sem apoio declarado de Bolsonaro, Denarium fez uma campanha vinculada à figura do presidente.

Nascido em Anápolis (GO), o governador de 58 anos começou a carreira política em 2010, como suplente ao Senado da chapa de Marluce Pinto (PPS), mas sem sucesso. Em 2018, com o apoio de Bolsonaro foi eleito governador de Roraima. Na época, era filiado ao PSL.

Santa Catarina: Jorginho Mello

Jorginho Mello (PL) foi eleito governador de Santa Catarina no segundo turno, com 70,69% dos votos válidos. Ele contou com o apoio do presidente Bolsonaro na disputa.

Jorginho nasceu em Ibicaré (SC), em 1956. A carreira política dele começou aos 18 anos, quando foi eleito vereador em Herval do Oeste (SC). Em 1994, conseguiu o primeiro de quatro mandatos consecutivos como deputado estadual, deixando a Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina em 2010 após ser eleito deputado federal.

No Congresso Nacional, teve dois mandatos consecutivos como deputado federal. Desde 2018 é senador por Santa Catarina. Como parlamentar foi o autor do projeto que criou o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), responsável por injetar R$ 30 bilhões para auxiliar microempresários do país.

São Paulo: Tarcísio de Freitas

Tarcísio de Freitas (Republicanos) foi eleito governador de São Paulo no segundo turno, com 55,27% dos votos válidos, sendo o candidato apoiado pelo presidente Bolsonaro na disputa.

Nascido no Rio de Janeiro, Tarcísio é formado pela Academia Militar das Agulhas Negras e tem graduação em Engenharia Civil. Foi chefe da seção técnica da Companhia de Engenharia da Força de Paz do Brasil na Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti em 2005 e 2006. Também teve carreira na Controladoria-Geral da União.

No governo de Dilma Rousseff (PT), Tarcísio foi diretor-geral substituto no DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes). Também foi consultor legislativo na Câmara dos Deputados na área de desenvolvimento urbano, trânsito e transportes; e secretário de coordenação de projetos do Programa de Parcerias e Investimentos da gestão de Michel Temer (MDB), além de ministro da Infraestrutura no mandato de Bolsonaro.

Sergipe: Fabio Mitidieri

Fabio Mitidieri (PSD) foi eleito governador de Sergipe no segundo turno, com 51,7% dos votos válidos. Mesmo sem apoio de Lula, Mitidieri declarou voto no petista para a disputa presidencial nos dois turnos.
A eleição em Sergipe foi marcada pelo grande número de votos nulos no primeiro turno, devido ao indeferimento da candidatura de Valmir de Francisquinho (PL). A decisão, tomada pelo Tribunal Regional Eleitoral do Sergipe (TRE-SE), foi referendada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com base na Lei da Ficha Limpa. Francisquinho havia se tornado inelegível por abusos nas eleições de 2018.

Formado em Administração, Fábio Mitidieri atuou em empresas privadas até ser eleito vereador em Aracaju em 2008. Após um mandato como vereador, foi eleito deputado federal pela primeira vez em 2014. Em 2018, foi reeleito para a Câmara dos Deputados. Na Casa, Mitidieri foi autor do Projeto de Lei 399/2015, que tem o objetivo de viabilizar a comercialização de medicamentos que contenham extratos, substratos ou partes de maconha em sua formulação.

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Tocantins: Wanderlei Barbosa

Wanderlei Barbosa (Republicanos) foi reeleito governador do Tocantins no primeiro turno, com 58,14% dos votos válidos. Mesmo sem apoio de Bolsonaro na disputa, Barbosa defendeu, durante a a campanha, o alinhamento político com o presidente.

Nascido em Porto Nacional (TO), o governador de 58 anos começou a carreira política em 1988, quando foi eleito vereador em sua cidade-natal. Após três mandatos consecutivos, mudou seu foco para a capital do estado, conquistando por quatro vezes seguidas o cargo de vereador em Palmas.

Barbosa deixou a Câmara de Vereadores de Palmas em 2010, após ser eleito para o primeiro de dois mandatos como deputado estadual. Em 2018, foi convidado por Mauro Carlesse, então no PHS, para ser candidato a vice-governador na chapa, que acabou por ser eleita.

Após a abertura de um processo de impeachment contra Carlesse e a renúncia do governador, Barbosa assumiu o cargo 11 de março de 2022.