Vacina produzida pela universidade de Oxford e o laboratório Astrazeneca.| Foto: Reprodução Universidade de Oxford/Facebook
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O Plano Nacional de Imunização, entregue pelo governo federal ao Supremo Tribunal Federal aponta que o país já tem acordo para a aquisição de 302,9 milhões de doses de vacina, de três diferentes fabricantes, mas pode adquirir doses de ouras 10 marcas, incluindo a chinesa Coronavac, caso sejam aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O plano estabelece quatro fases de imunização do grupo considerado prioritário, indicando que seriam necessárias 108 milhões de dose para fazer as duas aplicações nesta população, mas não indicou uma data para o início da imunização.

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Segundo o plano, a União já garantiu 260,4 milhões de doses da Fiocruz/AstraZeneca, sendo 100,4 milhões no primeiro semestre e mais 160 milhões no segundo semestre, com uma média de 30 milhões de doses por mês, e outras 42,5 milhões de doses da Covax Facility. Além disso, cita o documento há protocolo de intenções assinado com a Pfizer, que já iniciou a vacinação na Inglaterra, para a aquisição de 70 milhões de doses.

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Sem as doses necessárias para imunizar toda a população, o governo estabeleceu quatro grupos prioritários para receber, inicialmente a vacina. " A interrupção da circulação da covid-19 no território nacional depende de uma vacina altamente eficaz sendo administrada em parcela expressiva da população (>70%). Em um momento inicial, onde não existe ampla disponibilidade da vacina no mercado mundial, o objetivo principal da vacinação é contribuir para a redução de morbidade e mortalidade pela covid-19, de forma que existe a necessidade de se estabelecer grupos prioritários", explica o plano.

O primeiro grupo a ser vacinado no Brasil será o de trabalhadores nos serviços de saúde, pessoas a partir de 75 anos, com prioridade para os maiores de 80 anos, e indígenas. Na segunda fase serão vacinados, pro ordem de prioridade, pessoas entre 70 e 74 anos, entre 65 e 69 e entre 60 e 64 anos. A terceira fase será dedicada a pessoas com comorbidades que são considerados fatores de risco para agravamento da Covid-19: diabetes; hipertensão; doença pulmonar obstrutiva crônica; doença renal; doenças cardiovasculares e cerebrovasculares; indivíduos transplantados de órgão sólido; anemia falciforme; câncer; obesidade grave. Na quarta e última fase, estão professores, forças de segurança e salvamento e funcionários do sistema prisional. O governo estima em 51 milhões (menos de um quarto da população) o número de brasileiros que se enquadrariam nestes grupos prioritários.

  • Primeira fase:
    Trabalhadores de saúde: 5.886.718 pessoas
    Pessoas a partir de 80 anos: 4.266.553
    Pessoas de 75 a 79 anos de idade: 3.480.532
    Pessoas de 60 anos ou mais institucionalizadas: 198.249
    Indígenas: 2 410.348
    Número de doses estimadas (duas doses por pessoa) + 5% de perda: 29.909.040
  • Segunda fase:
    Pessoas de 70 a 74 anos: 5.174.382
    Pessoas de 65 a 69 anos: 7.081.676
    Pessoas de 60 a 64 anos: 9.091.902
    Número de doses estimadas (duas doses por pessoa) + 5% de perda: 44.830.716
  • Terceira fase:
    Pessoas com comorbidades: 12.661.921
    Número de doses estimadas (duas doses por pessoa) + 5% de perda: 26.590.034
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  • Quarta fase:
    Professores, nível básico ao superior: 2.344.373
    Forças de segurança e salvamento: 850.496
    Funcionários do sistema prisional: 144.451
    Número de doses estimadas (duas doses por pessoa) + 5% de perda: 7.012.572

O Plano ainda informa que o governo já destinou R$ 4,4 bilhões nas parcerias com a AstraZeneca/Fiocruz e com o Consórcio Covax Facitity. Além de R$ 239,6 milhões para insumos e estrutura para a vacinação, como a aquisição de seringas e a montagem de rede de refrigeração, por exemplo.