O Conselho de Ética instaurou nesta quarta-feira (24) um processo disciplinar contra o deputado Glauber Braga (Psol-RJ). O colegiado vai analisar o pedido de cassação apresentado pelo Novo contra o parlamentar. No último dia 16, Braga agrediu o ativista político e membro do Movimento Brasil Livre (MBL), Gabriel Costenaro, a chutes e empurrões dentro nas dependências da Câmara dos Deputados.
Durante a sessão do conselho, o deputado do Psol pediu um julgamento justo. "Não me orgulho daquilo que fiz, mas não me arrependo. A minha ação é da proporcionalidade. De acordo com o que determina a legislação brasileira, eu vou reagir à injusta agressão", afirmou.
Na representação, o Novo apontou que a ação de Braga na confusão representa quebra do decoro parlamentar.
Braga argumentou que Costenaro havia ameaçado agredir sua mãe, informou a Agência Câmara. "O marginal foi denunciado e responde por violência contra mulheres. Ontem foi para a internet mais uma vez xingar a mim e a minha mãe", relatou o parlamentar. "Não vou me dobrar à milícia fascista apoiada por deputados federais nesta Casa", destacou.
Relator do caso pode ser deputado do PL
O relator do processo será escolhido a partir de lista tríplice sorteada na reunião, integrada pelos deputados Cabo Gilberto Silva (PL-PB), Rosângela Reis (PL-MG) e Sydney Leite (PSD-AM). Nesta legislatura, Glauber Braga teve outros dois processos por quebra de decoro parlamentar, ambos apresentados pelo PL.
O Conselho de Ética já arquivou o primeiro processo, no qual Braga fora acusado de ofender o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) em reunião da Comissão de Relações Exteriores, em maio do ano passado. No segundo processo, o deputado do Psol foi acusado de agredir fisicamente o deputado Abilio Brunini (PL-MT) durante reunião da Comissão de Direitos Humanos, em novembro.
Em razão das representações do PL, Glauber Braga pediu a exclusão de deputados do partido no sorteio da relatoria. "Caso seja sorteado um parlamentar do PL, vamos formalizar as razões regimentais e jurídicas para que não venha a ser escolhido como relator", apontou. O presidente do Conselho de Ética, deputado Leur Lomanto Júnior (União-BA), afirmou que não há impedimento legal ou regimental de deputados do PL participarem do sorteio.
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