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O presidente Lula (PT) confirmou a reunião com o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, e disse que a conversa será sobre "o que o líder ucraniano quiser falar". A expectativa é de que o encontro ocorra no final da tarde desta quarta-feira (20). De acordo com Lula, o pedido para a reunião bilateral partiu de Zelenski. Lula está nos Estados Unidos por ocasião da 78ª Assembleia-Geral da ONU.
Abordado por jornalistas ao voltar para o hotel de luxo onde está hospedado em Nova York, na noite da última terça-feira (19), Lula destacou que o encontro será “uma conversa de dois presidentes de países, cada um com seus problemas, suas visões”.
“Será sobre os problemas que ele (Zelenski) quer conversar comigo”, completou o petista.
A reunião com Zelenski deve acontecer depois do polêmico desencontro entre os presidentes durante a cúpula do G7, em Hiroshima, em maio deste ano.
Na época, o governo brasileiro disse que chegou a oferecer três horários ao presidente da Ucrânia para uma reunião, mas Zelenski não teria aparecido para o compromisso.
A versão de Lula foi rebatida por Zelenski, que afirmou não ter culpa do desencontro. O presidente da Ucrânia também criticou o governo brasileiro pela falta de apoio para a criação de um tribunal especial para julgar crimes de guerra.
Recentemente, Lula criou um mal-estar internacional ao defender que Vladimir Putin poderia vir “facilmente” ao Brasil para a Cúpula do G20 no próximo ano sem risco de prisão.
O ditador russo é alvo de um mandado de prisão expedido pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) por crimes de guerra na Ucrânia. O Brasil é signatário do acordo que deu origem ao TPI.
Após a polêmica, Lula reconheceu que não cabe a ele ou ao Congresso a decisão sobre uma eventual prisão de Putin, mas questionou a composição e a autoridade da Corte internacional.
Nesta quarta-feira (20), Lula também tem encontro marcado com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, para uma reunião bilateral antes do compromisso com Zelenski.
Este será o segundo encontro com Biden desde que Lula assumiu o seu terceiro mandato. Os dois estiveram reunidos em fevereiro, quando discutiram sobre o combate às mudanças climáticas.