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Copa América
Maracanã está cotado para ser o palco da final da Copa América| Foto: Albari Rosa/Arquivo/Gazeta do Povo

O governo brasileiro condicionou a realização da Copa América no Brasil aos jogos acontecerem sem torcidas e que os integrantes de cada delegação, no número máximo de 65, sejam vacinados. “Foi a condição que nós tratamos com a CBF”, disse o ministro da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos.

Segundo o ministro, apesar de Conmebol ter anunciado o Brasil como sede, após a desistência da Argentina e da Colômbia, isto não está definido. “Não tem nada certo, quero pontuar de uma forma bem clara, estamos no meio do processo, mas não vamos nos furtar a uma demanda caso seja possível de atender."

A Copa América está prevista para acontecer entre os dias 13 de junho e 10 de julho, com a participação de 10 seleções divididas em dois grupos. Argentina, Bolívia, Chile, Paraguai e Uruguai estão no Grupo A. Brasil, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela formam o Grupo B.

O  anúncio gerou críticas por acontecer em meio a pandemia de Covid-19. Ao longo do dia, governadores passaram a rejeitar a possibilidade de receber jogos do torneio em seus Estados. Rio Grande do Sul, Pernambuco e Rio Grande do Norte já alegaram não ter condições de receber um evento desse porte em meio à pandemia do coronavírus.

O ministro da Casa Civil respondeu às críticas: "Por que o Brasil vai sediar a Copa América durante uma pandemia? Senhores, primeiro que foi uma demanda que foi realizada via CBF para a Conmebol. Outra coisa, estamos em plena pandemia, uma situação difícil, só que o campeonato brasileiro, ele envolve 20 times na Série A e 20 times na Série B. Ou seja, estão ocorrendo jogos em todo o Brasil", disse o general.

O vice-presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), apresentou um requerimento para que o colegiado convoque o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Rogério Caboclo, para explicar sobre a realização do evento. A iniciativa é apoiada pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da CPI, que afirmou ao Estadão que vai se esforçar para que ela seja aprovada.

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