O Brasil alcançou, neste domingo (3), uma taxa de 101.147 infectados por Covid-19. Indicadores da pandemia no país seguiram uma tendência preocupante nos últimos cinco dias: as taxas diárias de óbitos passaram de 400. Entre sábado e domingo, no entanto, o número foi menor: 275 novos óbitos, conforme boletim divulgado pelo Ministério da Saúde. No total, foram contabilizadas 7.025 mortes em decorrência do novo coronavírus. Em contrapartida, pelo menos 40 mil se recuperaram da doença.
Em busca de soluções efetivas e a curto prazo para combater o vírus, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) está estudando a viabilidade do fornecimento do antiviral Remdesivir no país. O fármaco já está sendo testado em pacientes nos Estados Unidos.
Na última sexta-feira (1º), a Food and Drug Administration (FDA), espécie de "Anvisa" dos EUA, permitiu, de forma emergencial, a administração do remédio em pacientes com quadro grave de Covid-19. Esse é um medicamento previamente testado como tratamento contra o ebola.
Pesquisas indicam que o Remdesivir seria responsável por uma recuperação mais rápida em pacientes infectados pelo novo coronavírus. O benefício, no enanto, foi considerado "moderado".
Enquanto isso, parecer do Ministério de Saúde, endossado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), permite a administração dos medicamentos cloroquina e hidroxicloroquina em pacientes com quadro clínico grave de coronavírus. A responsabilidade da prescrição fica totalmente a cargo do médico e o fármaco é catalogado como de uso off label, ou seja, quando é utilizado fora das indicações de bula ou protocolos.
Até agora, algumas pesquisas científicas preliminares têm apontado para benefícios dos medicamentos no tratamento contra a Covid-19. Esses estudos, inclusive, foram responsáveis por influenciar órgãos e profissionais de saúde ao entendimento de que, dada a excepcionalidade do momento, a prescrição dos fármacos, sob determinados critérios, é plausível.
No entanto, a comunidade científica não referendou nenhum ensaio clinico a respeito do tema, até o momento, como robusto e definitivamente suficiente. Também não há publicação de estudos sobre a efetividade de cloroquina e hidroxicloroquina em revistas de renome.
Estados: Rio deve sofrer pico em 10 dias
Entre os estados, São Paulo continua liderando o número de casos no país, com pelo menos 31.772 infectados por Covid-19; seguido pelo Rio de Janeiro e Ceará, que registram, respectivamente, as seguintes taxas de casos de coronavírus: 11.139 e 8.370.
A previsão do ministro da Saúde, Nelson Teich, segundo informações do jornal O Globo, é de que o Rio de Janeiro entre na pior fase da pandemia em 10 dias, quando seu sistema de saúde deve começar a colapsar. Segundo dados da pasta, até o último dia 27 de abril, 92% dos leitos de UTI de todo o estado fluminense estavam ocupados. Pelo menos 1.019 mortes foram contabilizadas em decorrência do novo coronavírus no Rio.
A falta de equipamentos como respiradores e tomógrafos impede que os pacientes sejam atendidos de forma adequada. O prefeito do Rio, Marcelo Crivella, fez um apelo para que as pessoas, especialmente as que têm comorbidades, fiquem em casa.
"Essa semana é a que mais nos preocupa. Por quê? Porque se acelerou o número de contágio e as pessoas precisam dos hospitais. Nós aguardávamos, já há bastante tempo, ajuda de outros entes, o que até agora não ocorreu", disse Crivella, que também cogita fechar os calçadões comerciais de Bangu, Santa Cruz e Campo Grande, também na zona oeste do Rio, onde estão ocorrendo aglomerações.
No Ceará, o registro de óbitos chegou a 663.
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