O ministro da Saúde, Nelson Teich, apresentou nesta segunda-feira (11) a “Estratégia de Gestão de Riscos”, uma série de diretrizes para definir níveis de isolamento como prevenção à Covid-19 para cada região. A intenção é fazer uma avaliação de riscos quantitativa e dar um peso e classificação do nível de riscos. O documento é divido em avaliação de riscos, medidas de distanciamento social, outros instrumentos de apoio à gestão de riscos e painel de monitoramento.
Para cada eixo determinado pela diretriz, é atribuído um “score”, ou seja uma nota. A partir desta nota são indicados níveis de distanciamento e medidas de isolamento que devem ser tomadas. Por exemplo, a região pode estar dentro definição de “risco muito baixo” e a medida a ser tomada seria “distanciamento social seletivo I”. Já locais com risco muito alto, será recomendado “restrição máxima”.
Não foram divulgados mais detalhes sobre como cada item será definido. Na próxima quarta-feira (13), o plano de ação será apresentado com mais informações e estará disponível para ser usado por estados e municípios, se as autoridades de saúde locais quiserem. O ministério colocará técnicos à disposição para ajudar. A ferramenta tornar as ações “mais precisas”.
O ministro ressaltou que não se trata de uma imposição do Ministério da Saúde para secretários municipais e estaduais é apenas uma sugestão.“Uma estratégia como essa deve ser revisada constantemente”, disse Teich durante a coletiva de atualização de dados sobre a pandemia.
Os Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS) e Conselho Nacional de Secretarias municipais de Saúde (CONASEMS), segundo Teich, estavam de acordo com a estratégia até o último sábado (9), quando foi realizada uma reunião com representantes. No entanto, os conselhos de saúde de Estados e municípios, rejeitaram neste momento a possibilidade de adotarem, como modelo, as diretrizes de isolamento social em cada localidade.
Sem citar nomes, Teich voltou a dizer que não se trata de dizer se é melhor flexibilizar ou isolar certa população por causa da disseminação do novo coronavírus, mas sim de trabalhar sem "interesse pessoal", mas pela coletividade.
"Mais uma vez, eu quero deixar claro que essa discussão de uma estratégia não representa você definir se vai isolar ou flexibilizar. A discussão aqui é uma metodologia sobre qual é a melhor forma de você cuidar das pessoas e proteger a sociedade", disse o ministro.
"Quando você polariza esse tipo de discussão, isso é muito ruim porque, em vez de você sentar para uma discussão técnica, você acaba caminhando para discussões que parecem mais, às vezes, de interesse pessoal, do que coletivo", pontuou.
Teich preferiu não comentar a fala do presidente Jair Bolsonaro sobre liberar como atividades essenciais academias, salões de beleza e barbearias. Bolsonaro fez a declaração na entrada do Palácio do Alvorada, na tarde desta segunda. “A decisão de atividade essencial é do Ministério da Economia”, argumentou o ministro da Saúde. O decreto foi publicado no fim do dia.
Ministro quer abordagem mais rápida nos primeiros sintomas da Covid-19
Teich afirmou que é necessário focar cuidados nos estágios iniciais dos sintomas da Covid-19. O ministro disse que no momento o foco tem sido doentes críticos e o principal gargalo do sistema de saúde é a falta de respiradores. As medidas seriam a realização de teste de oximetria, capaz de calcular quanto oxigênio o sangue está transportando e uma tomografia.
Antes desta diretriz ser construída, o ministério analisará a capacidade do sistema público-privado. “Mais importante que diagnosticar precoce, é tratar precoce”, diz Teich. O ministério que evitar a evolução de pacientes para quadros críticos.
O secretário-executivo da pasta, Eduardo Pazuello, apresentou o balanço dos recursos concedidos pelo governo até o momento para o combate à Covid-19. "O problema não é recurso, estados e municípios tiveram capacidade de fazer seu preparo", pontuou o secretário.
O total de recursos repassados pelo Ministério da Saúde a estados e municípios chegou a R$ 38 bilhões, sendo que R$ 5,3 bilhões foram distribuídos exclusivamente para tratamento referente à Covid-19.
De acordo com Pazuello, foram distribuídos 83 milhões de equipamentos de proteção individual (EPIs) para todo o Brasil. E foram enviados aos estados 557 respiradores, no valor de R$ 31,9 milhões.
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