O Brasil chegou à marca de 600 mil mortes por Covid-19 nesta sexta-feira (8), mas com uma clara desaceleração da pandemia no país. A doença, que fez a primeira vítima brasileira em 12 de março de 2020, foi responsável por mais 615 óbitos nesta sexta-feira (8), segundo o Ministério da Saúde, alcançando um total de 600.425 mortes desde o começo da pandemia.
O Brasil é o segundo país do mundo com mais mortes, atrás apenas dos EUA, que já ultrapassaram os 700 mil óbitos. Os estados com mais vítimas são, nesta ordem, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul.
A média móvel de mortes, porém, é a mais baixa desde meados de novembro do ano passado. A média dos últimos sete dias, segundo levantamento da plataforma Our World in Data, é de 437 óbitos. A dos últimos 14 dias, segundo o Ministério da Saúde, é de 503. O recorde de óbitos por Covid no país em 24 horas foi registrado em 8 de abril, com 4.249 mortes — quando a média móvel diária (dos sete dias anteriores) era de 2.820.
Outro dado que demonstra a desaceleração da pandemia é o tempo em que o Brasil passou das 500 mil para as 600 mil mortes por Covid-19. Foram 111 dias entre as duas marcas, mais do que o dobro de tempo que o país levou para chegar dos 400 mil aos 500 mil óbitos (51 dias). No período mais crítico da crise sanitária, entre março e abril, houve 100 mil mortes em um intervalo de apenas 36 dias.
Apesar da desaceleração, o Brasil é, neste momento, o quarto país da América do Sul, atrás de Suriname (14,4), Guiana (6,3) e Chile (2,1), com maior taxa diária de óbitos por Covid-19: são 2,04 mortes por milhão de habitantes, de acordo com o Our World in Data. Em abril, o número chegou a ser de 14,6. Vizinhos, como Argentina, Paraguai e Uruguai, que tiveram taxas de óbitos por milhão mais elevadas do que o recorde do Brasil, agora estão registrando menos de uma morte por milhão de habitantes.
Apesar de 600 mil mortes, casos de Covid-19 estão estáveis
Após uma alta de casos no fim de setembro, devido a dados represados de São Paulo e uma revisão feita pelo Rio de Janeiro, a curva epidemiológica da Covid-19 voltou a mostrar estabilidade. Na quinta-feira, a média móvel diária dos 14 dias anteriores era de 16 mil infecções, segundo o Ministério da Saúde. Considerando-se apenas os últimos sete dias, a média é de 15 mil casos diários — o número mais alto foi registrado no país em 24 de junho, com média de 77,2 mil novas infecções.
Desde o começo da pandemia, foram detectados 21.550.730 infecções por Covid-19 no país, das quais 18.172 nesta sexta-feira. Segundo o Our World in Data, 70 casos são registrados diariamente a cada um milhão de habitantes. Mais de 20,5 milhões de brasileiros que foram infectados com o Sars-CoV-2 se recuperaram.
Vacinação avança, e mais de 70% da população já tomou ao menos uma dose
A vacinação continua avançando, apesar do ritmo mais lento em relação a agosto. Até esta sexta-feira (8), 246.835.990 doses haviam sido aplicadas em todo o país, das 301 milhões que foram distribuídas pelo Ministério da Saúde. Cerca de 149 milhões de pessoas (71,7% da população) receberam a primeira dose. E 97 milhões (45% da população) já completaram o esquema vacinal (segunda dose ou dose única).
A média de doses aplicadas diariamente, nos últimos sete dias, foi de 1,10 milhão. O número era o dobro em agosto. A desaceleração da pandemia também ocorreu em outros países à medida que a maioria da população adulta está vacinada com, ao menos, a primeira dose.
Devem chegar ao país, até o fim do ano, mais 300 milhões de doses de imunizantes contra a Covid-19, segundo projeção do Ministério do Saúde.
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