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CPI cobra transparência de ONG da Amazônia que recebeu R$ 54 milhões

Superintendente da Fundação Amazônia Sustentável, Virgilio Mauricio Viana, foi ouvido pela CPI das ONGs (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado )

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A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das ONGs, no Senado Federal, cobrou mais transparência no recebimento de recursos por parte das ONGs, ao ouvir nesta terça-feira (12) o superintendente geral da Fundação Amazônia Sustentável (FAS), Virgilio Mauricio Viana. O depoimento foi solicitado pelo presidente da comissão, senador Plínio Valério (PSDB-AM).

O gestor foi convidado para prestar esclarecimentos sobre recursos recebidos do Fundo Amazônia, entre 2017 e 2018, e explicar a atuação da ONG no território. Os parlamentares questionaram inclusive a destinação de R$ 54 milhões recebidos pela FAS por meio do Fundo Amazônia, que capta doações de outros países para preservação do bioma.

Viana confirmou que a ONG receberá, em breve, um aporte equivalente a R$ 78 milhões do governo alemão. Esse dinheiro, de acordo com o diretor, será investido em projetos ecossustentáveis no Amazonas e no Pará. Também respondendo a pergunta de Valério, o representante da ONG disse que a FAS gasta aproximadamente R$ 300 mil por ano na manutenção de projetos educacionais e de sua estrutura voltada à capacitação.

Os parlamentares questionaram a falta de transparência dos recursos recebidos pela Fundação e cobraram um controle dos gastos. O senador Styvenson Valentim (Podemos-RN) disse não considerar ético que a própria FAS contrate a empresa de auditoria que fiscaliza sua prestação de contas, que só depois é enviada aos órgãos de controle.

Ao final da audiência, o senador Plínio Valério negou qualquer "politização por parte da CPI" e reforçou que o papel da comissão é "abrir a caixa preta de ONGs para ver como funciona, relatório do TCU que atesta muita coisa e que elas não prestam contas".

A CPI conseguiu aprovar nesta terça (12) a convocação do Márcio Santilli, Presidente do Conselho Diretor do Instituto Socioambiental, para prestar depoimento. Também realizarão diligência externa em Chapadão dos Parecis, Mato Grosso, com o objetivo de conhecer a etnia indígena Haliti-Paresi e uma audiência pública na Reserva Extrativista Chico Mendes.

Com informações da Agência Senado

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