Nesta quarta-feira (13), senadores se reuniram para instalar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) criada para investigar a responsabilidade jurídica e socioambiental da empresa Braskem em relação ao colapso de minas de sal-gema em Maceió, capital de Alagoas.
A sessão foi presidida pelo senador Otto Alencar (PSD-BA), o mais velho presente na sessão, como prevê o regimento da Casa.
Após as deliberações, ficou acordado que a CPI será presidida pelo senador Omar Aziz (PSD-AM) e terá como vice-presidente o senador Jorge Kajuru (PSB-GO). Caberá ao presidente da Comissão indicar o relator.
No início da sessão, o senador Rodrigo Cunha (Podemos-AL) cobrou do senador Omar Aziz o compromisso de não indicar para a relatoria qualquer parlamentar do estado de Alagoas. Essa medida, segundo Cunha, tem como objetivo garantir a isenção e transparência da CPI.
A cobrança foi feita por conta da expectativa de que o senador Renan Calheiros (MDB-AL), principal articulador da CPI, ocupe a relatoria da Comissão.
Calheiros disse que não pleiteará a vaga de relator, mas condenou qualquer pressão contra o presidente da Comissão.
Calheiros já foi presidente da antiga estatal Salgema, antes de a empresa ser privatizada e virar Braskem, na década de 1990. O senador também é pai do ex-governador de Alagoas, Renan Filho (MDB-AL) que, segundo Rodrigo Cunha, “passou oito anos concedendo licenças” para a exploração da Braskem.
“Ele tem ligações íntimas com a Braskem. Então, se não tivermos esse compromisso, essa CPI que tem tudo para dar uma grande contribuição para as pessoas que moram em Maceió, vai começar da pior maneira possível”, destacou Cunha.
Em resposta aos questionamentos do senador Rodrigo Cunha, Omar Aziz disse que não será pressionado.
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