A CPI da Covid ouve nesta terça-feira (14) o depoimento do advogado Marcos Tolentino, suspeito de ser o sócio oculto do FIB Bank – empresa que deu garantias financeiras para que o contrato de compra da vacina indiana Covaxin pudesse ser fechado entre o Ministério da Saúde e a Precisa Medicamentos. A CPI investiga irregularidades na negociação para a compra dessa vacina.
O contrato, posteriormente cancelado pelo governo, previa um desembolso de R$ 1,61 bilhão para a compra da Covaxin, num negócio intermediado no Brasil pela Precisa – que era representante no país do laboratório indiano Bharat Biotech. E a garantia financeira foi de 5% do valor – ou seja, R$ 80,7 milhões.
A CPI apurou que o FIB Bank, além de não ser uma instituição financeira registrada no Banco Central (apesar do nome), entregou a garantia fora do prazo contratual.
Senadores da comissão também dizem haver indícios de que, na verdade, Tolentino é sócio do FIB Bank por meio de duas outras empresas que tem sociedade com a empresa.
Além disso, Tolentino é amigo do deputado Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo na Câmara e que teria influência política no Ministério da Saúde. Segundo senadores da CPI, Tolentino acompanhou Barros no depoimento que o deputado deu à comissão, em julho.
Marcos Tolentino e o FIB Bank já negaram que tenham uma relação entre si.
Tolentino obteve, do Supremo Tribunal Federal (STF), um habeas corpus que permite que ele fique em silêncio durante o depoimento à CPI se entender que pode se autoincriminar.
Triângulo Mineiro investe na prospecção de talentos para impulsionar polo de inovação
Investimentos no Vale do Lítio estimulam economia da região mais pobre de Minas Gerais
Conheça o município paranaense que impulsiona a produção de mel no Brasil
Decisões de Toffoli sobre Odebrecht duram meses sem previsão de julgamento no STF