A CPI da Covid ouve nesta terça-feira (21), o ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner de Campos Rosário. Segundo justificativa aprovada pelos senadores em junho, há uma "considerável quantidade de procedimentos de investigação" do órgão federal "que apontaram vultuosos prejuízos para os cofres públicos" durante a pandemia e que, por isso, a convocação do ministro se faz necessária.
Contudo, o presidente da CPI da Covid, senador Omar Aziz (PSD-AM), já disse que vai cobrar de Wagner Rosário explicações sobre uma suposta omissão da CGU em negociações irregulares no Ministério da Saúde. Em uma sessão da semana passada, Aziz chegou a dizer que o ministro era "prevaricador" por não investigar denúncias da suposta corrupção envolvendo a compra de vacinas Covaxin pelo governo federal por intermédio da Precisa Medicamentos.
A declaração de Aziz foi feita durante depoimento de Marconny Ribeiro, suposto lobista que estaria atuando em favor da Precisa Medicamentos. Ribeiro disse aos senadores que a CGU, junto ao Ministério Público Federal e à Polícia Federal, fez uma operação de busca e apreensão em sua casa em outubro do ano passado, o que levou Aziz a alegar que Wagner sabia das negociações para a compra da Covaxin.
Nas redes sociais, o ministro respondeu à acusação do senador afirmando que "calúnia é crime" e se colocou à disposição para comparecer à CPI.